sábado, 24 de dezembro de 2011
quinta-feira, 22 de dezembro de 2011
C.A.O.S – Contos Anárquicos, Orgásticos e Sugestivos - Fabricio Martines Alves
Olá amigos, gostaria de divulgar o mais novo livro do meu poeta predileto, o Fabrício Martines Alves. Dêem uma olhada na resenha:
Há muito fiz um livro de Contos chamado “C.A.O.S – Contos Anárquicos, Orgásticos e Sugestivos” onde despejei toda minha filosofia ou anti-filosofia de vida, fiz apenas 6 exemplares artesanalmente, porém, era um teste apenas... Agora, com mais possibilidades acrescentei muitos contos e refiz a edição, ficando com 160 páginas do que eram 100.
Falarei um pouco dos contos e seus experimentos: "Trinta Minutos” foi um conto escrito com único intuito: Ficar interessante, falar de algo profundo, e seguir os últimos momentos de vida de um astronauta perdido no espaço, naquela esperança que não desgruda da gente, exatamente tendo 30 minutos de oxigênio; no momento que li, também tinha intuito de demorar 30 minutos para ser lido...
Em “Carros e Parafusos” vemos um homem estressado no trânsito, relembrando sua personalidade mesquinha e como não vale um centavo... Pane no tráfego e pane no homem.
“A Cabana” fala sobre o sonho de muitos escritores, um lugar isolado no meio da floresta ou montanha para escrever e estar longe do mundo. Veremos o que acontece com este homem.
O “Expresso Verde” mostra a utopia de um maquinista que, sinceramente, não gostaria de conhecer, homem um tanto cansado por não conquistar seus objetivos e ter que se contentar com uma vida mais ou menos.
“E agora, Caetano?”, agora ferrou tudo... O que acontece com um homem que se lamenta pela vida, enquanto está deitado na cama de um hospital vazio, tendo que escutar, Caetano se esgoelar na música ambiente que fora esquecida ligada.
“Enquanto eu pensava...” é o carro chefe. O espírito de porco volta do além para ditar sua vida para um macaco cataléptico psicografar. Veremos que bagunça sai daí... Crítica aos livros espíritas e espirrados por narizes entupidos.
“A competição” fala sobre um pai de família ignorado que começa a repensar seu relacionamento com mulher e filho.
“Maldição”. À moda de American Pie e outros tantos filmes fúteis, adolescentes que cursam faculdade apenas para “ficarem” com alguém, e deste mote sai toda uma confusão sobre estar sozinho, maldições e uma solução bacana e atual para nossos problemas amorosos.
“Ação de Graças”. Meus queridos amigos, este sim é um conto para ser lido em datas festivas, temos uma boa confraternização de um casal que se ama e não é convencional tentando sê-lo, até que fantasmas do passado e pequenos distúrbios do marido acabam por colocar tudo a perder.
“Crepúsculo das Ostras” pode ser visto como uma novela. Aqui tento adentrar nas entranhas estranhas do significado das ostras, um personagem dividido em dois na busca do sentido sem sentido da vida, heresias de ponta, sexualidade aflorada ignorada, entre tantos outros modos de auto-ajuda. Uma crítica aos livros de auto-ajuda e á felicidade/infelicidade em geral.
“Notas de Rodapé” serve para mostrar o quanto algumas coisas precisam ser ignoradas para se poder viver bem, sempre com aquela veia um tanto deslocada da vida, sobre uma cantora de voz potente que descobre não poder fazer o que ama.
“Whatever”... Como o título diz... Whatever... Sobre religiosidade e a disputa entre um ateu militante e um pastor do tipo “queima de estoque”. Inicialmente publicado na Sociedade Racionalista, mas apagado para fazer parte deste livro.
Mais 5 contos curtos sobre coisas que nos inquietam e muitas vezes nos sufocam e deixam triste. Lembrando que ironia em todas as páginas é bom e todo mundo gosta. Bom apetite.
Veja mais:
http://www.eupensosozinho.com.br/2011/12/caos-contos-anarquicos-orgasticos-e.html
Há muito fiz um livro de Contos chamado “C.A.O.S – Contos Anárquicos, Orgásticos e Sugestivos” onde despejei toda minha filosofia ou anti-filosofia de vida, fiz apenas 6 exemplares artesanalmente, porém, era um teste apenas... Agora, com mais possibilidades acrescentei muitos contos e refiz a edição, ficando com 160 páginas do que eram 100.
Falarei um pouco dos contos e seus experimentos: "Trinta Minutos” foi um conto escrito com único intuito: Ficar interessante, falar de algo profundo, e seguir os últimos momentos de vida de um astronauta perdido no espaço, naquela esperança que não desgruda da gente, exatamente tendo 30 minutos de oxigênio; no momento que li, também tinha intuito de demorar 30 minutos para ser lido...
Em “Carros e Parafusos” vemos um homem estressado no trânsito, relembrando sua personalidade mesquinha e como não vale um centavo... Pane no tráfego e pane no homem.
“A Cabana” fala sobre o sonho de muitos escritores, um lugar isolado no meio da floresta ou montanha para escrever e estar longe do mundo. Veremos o que acontece com este homem.
O “Expresso Verde” mostra a utopia de um maquinista que, sinceramente, não gostaria de conhecer, homem um tanto cansado por não conquistar seus objetivos e ter que se contentar com uma vida mais ou menos.
“E agora, Caetano?”, agora ferrou tudo... O que acontece com um homem que se lamenta pela vida, enquanto está deitado na cama de um hospital vazio, tendo que escutar, Caetano se esgoelar na música ambiente que fora esquecida ligada.
“Enquanto eu pensava...” é o carro chefe. O espírito de porco volta do além para ditar sua vida para um macaco cataléptico psicografar. Veremos que bagunça sai daí... Crítica aos livros espíritas e espirrados por narizes entupidos.
“A competição” fala sobre um pai de família ignorado que começa a repensar seu relacionamento com mulher e filho.
“Maldição”. À moda de American Pie e outros tantos filmes fúteis, adolescentes que cursam faculdade apenas para “ficarem” com alguém, e deste mote sai toda uma confusão sobre estar sozinho, maldições e uma solução bacana e atual para nossos problemas amorosos.
“Ação de Graças”. Meus queridos amigos, este sim é um conto para ser lido em datas festivas, temos uma boa confraternização de um casal que se ama e não é convencional tentando sê-lo, até que fantasmas do passado e pequenos distúrbios do marido acabam por colocar tudo a perder.
“Crepúsculo das Ostras” pode ser visto como uma novela. Aqui tento adentrar nas entranhas estranhas do significado das ostras, um personagem dividido em dois na busca do sentido sem sentido da vida, heresias de ponta, sexualidade aflorada ignorada, entre tantos outros modos de auto-ajuda. Uma crítica aos livros de auto-ajuda e á felicidade/infelicidade em geral.
“Notas de Rodapé” serve para mostrar o quanto algumas coisas precisam ser ignoradas para se poder viver bem, sempre com aquela veia um tanto deslocada da vida, sobre uma cantora de voz potente que descobre não poder fazer o que ama.
“Whatever”... Como o título diz... Whatever... Sobre religiosidade e a disputa entre um ateu militante e um pastor do tipo “queima de estoque”. Inicialmente publicado na Sociedade Racionalista, mas apagado para fazer parte deste livro.
Mais 5 contos curtos sobre coisas que nos inquietam e muitas vezes nos sufocam e deixam triste. Lembrando que ironia em todas as páginas é bom e todo mundo gosta. Bom apetite.
Veja mais:
http://www.eupensosozinho.com.br/2011/12/caos-contos-anarquicos-orgasticos-e.html
quarta-feira, 21 de dezembro de 2011
terça-feira, 20 de dezembro de 2011
segunda-feira, 19 de dezembro de 2011
sexta-feira, 16 de dezembro de 2011
segunda-feira, 12 de dezembro de 2011
quinta-feira, 8 de dezembro de 2011
terça-feira, 6 de dezembro de 2011
domingo, 4 de dezembro de 2011
sexta-feira, 2 de dezembro de 2011
terça-feira, 29 de novembro de 2011
Mulheres protestam contra religioso acusado de abuso sexual
Assista ao vídeo no site do R7 (Ué bispo Macedo, macaco senta no rabo pra falar do rabo do outro?)
http://noticias.r7.com/videos/mulheres-protestam-contra-religioso-acusado-de-abuso-sexual/idmedia/4ecf7fc8fc9b08f388d53f88.html
Outra Denúncia:
Mulher acusa irmão Aldo da Apostólica de abuso... por Paulopes
http://noticias.r7.com/videos/mulheres-protestam-contra-religioso-acusado-de-abuso-sexual/idmedia/4ecf7fc8fc9b08f388d53f88.html
Outra Denúncia:
Mulher acusa irmão Aldo da Apostólica de abuso... por Paulopes
segunda-feira, 28 de novembro de 2011
Malafaia chama jornalista ateia que criticou evangélicos de VAGABUNDA
O jornal colocou a palavra "tramp" (vagabunda) entre aspas
para deixar claro que foi dita pelo pastor
Eliane escreveu sobre
intolerância religiosa
O pastor Silas Malafaia, da Assembleia de Deus Vitória em Cristo, chamou a jornalista e escritora Eliane Brum (foto) de “vagabunda” ao comentar o que artigo que ela escreveu para Época contando não ser fácil a vida de ateus em um Brasil cada vez mais marcado pela intolerância evangélica.
A afirmação foi feita em uma entrevista relatada pelo New York Times em uma reportagem sobre a liderança que Malafaia passou a exercer no Brasil, apesar dos destemperos verbais dele.
Na entrevista, o pastor disse que “os ateus comunistas” da antiga União Soviética, do Camboja e Vietnã foram responsáveis por mais mortes do que todas as que ocorreram em consequência de “questões religiosas”.
No Twitter, Eliane disse ter ficado “chocada” com a afirmação de Malafaia.
O site de Malafaia comemorou a publicação da reportagem com a manchete de que o pastor “é notícia em um dos maiores e mais influentes jornais do mundo”.
Leia mais em:
http://www.paulopes.com.br/2011/11/malafaia-chama-jornalista-ateia-que.html#ixzz1f0VSVpXT
Paulopes só permite a cópia deste texto para uso não comercial e com a atribuição do crédito e link. As reproduções são rastreadas diariamente.
Under Creative Commons License: Attribution Non-Commercial
domingo, 27 de novembro de 2011
sábado, 26 de novembro de 2011
A INVERSÃO DO RADICALISMO
Texto: Tarsila
Uma nota: esse texto não se presta a nenhuma generalização; em verdade, ele se presta a desfazer as generalizações que são feitas frequentemente por não-crentes. Além disso, ele reflete a minha opinião, não a opinião da Sociedade Racionalista como um todo.]
Nós, ateus, agnósticos, racionalistas e humanistas, conhecemos muito bem o radicalismo religioso – seja na forma de preconceito, agressão, pregação exagerada ou discriminação. Sabemos e convivemos de perto com as mazelas causadas pelo radicalismo em inúmeras religiões – em nosso país, exacerbam-se os radicalismos católico e evangélico, que afetam, inclusive, a esfera política.
É de fácil compreensão a existência de tantas brigas entre crentes e não-crentes. A crença numa religião configura uma visão diferenciada em vários âmbitos: espiritual, ético, político e econômico. As diferenças entre religiosos e ateus não são apenas diferenças filosóficas. A religião (e a ausência dela) afetou e ainda afeta a sociedade de diversas formas. É visível a influência de várias igrejas na aprovação de leis e na eleição de representantes políticos. A mídia, importante mecanismo de controle e disseminação de ideias, também aparece frequentemente ligada a alguma instituição religiosa.
Em fato, precisa-se lutar por um Estado Laico. Um texto meu, publicado aqui na SR, define o laicismo – e, que fique claro: o laicismo não é o ateísmo. O Estado laico não vai defender os ateus ou os agnósticos – ele vai operar independentemente de crença ou não-crença.
O que se vê atualmente é a inversão do radicalismo: alguns – que fique claro: alguns – ateus têm defendido ferrenhamente o ateísmo. Alegam, inclusive, serem superiores a crentes. Não são poucas as correntes no facebook que atestam essa ideia. “Orgulho Ateu”, “Ainda bem que sou Ateu!”, “Bom seria se todos fossem ateus” apareceram às dezenas no feed de notícias.
Ora, por que devemos ter orgulho de sermos ateus? Somos superiores intelectualmente? Nossas ideias – e somente as nossas – são verdadeiras? Se você concordou com as três últimas perguntas, reflita: não é exatamente isso que pensam os fundamentalistas religiosos?
Se somos ateus, é evidente que defenderemos a teoria da evolução à gênese bíblica. É perfeitamente compreensível que refutemos a existência de um ser superior, defendamos o Estado Laico e reprovemos o preconceito contra não-crentes. Entretanto, ao nos colocarmos em um pedestal, estamos nós praticando uma forma de radicalismo, semelhante àquela encontrada em muitas religiões.
A outra faceta do radicalismo ateu é mais danosa: a generalização de todos os crentes como “ignorantes” ou “atrasados”, o que leva rapidamente ao fundamentalismo.Um texto recentemente publicado no Bule Voador mostra como certos neo-ateus assumem que teístas não conseguem defender suas crenças de maneira racional e, por causa dessa arrogância, acabam tendo dificuldade em debater com os mesmos.
Embora não concorde com nenhuma religião, vejo claramente que ela tem uma função social importante. Para algumas pessoas, a religião é um suporte moral e espiritual – tais pessoas não viveriam sem suas religiões; necessitam desse suporte . Essas pessoas são inferiores intelectualmente? São imorais, de maneira automática? John D. Barrow, cosmologista inglês, físico teórico, matemático, pesquisador de Ciências Matemáticas da Universidade de Cambridge, é deísta. Ele é membro da Igreja Reformada Unida e criador do conceito de Princípio Cosmológico Antrópico, mostrando como o design inteligente estaria conectado com a idéia de uma “mente criadora” fundamental que teria “orientado” a evolução cosmológica do universo para ser adaptada, evoluída para o surgimento de outras entidades inteligentes. Por acreditar nisso, por causa de uma crença filosófica, faz dele realmente burro? Faz dele imoral?
E quanto àqueles que, embora não sejam cientistas teístas com títulos de doutorado, defendam a igualdade de gênero, o Estado laico e sejam contra a homofobia e o racismo, acreditando em um ser superior? Caem na mesma generalização? A sua mãe ou família religiosa, que são pessoas minimamente agradáveis, caem na generalização?
Uma afirmação do renomado Dawkins (de quem, fique claro, sou fã – entretanto, considero essa frase extremamente infeliz) retrata como alguns ateus têm feito generalizações absurdas:
“Quem duvida da Teoria da Evolução é ignorante, imbecil ou insano”.
Que não sejamos nós, não-crentes, que vimos de perto os danos do fundamentalismo, a praticar uma nova forma de radicalismo e discriminação. É possível conviver, sadiamente, com crentes e não-crentes, evitando generalizações mal-fundadas. Acima de tudo, é preciso coexistir. Afinal, como já diriam muitos antes de nós, religião não define caráter:
Veja mais em:
htto://sociedaderacionalista.org
sexta-feira, 25 de novembro de 2011
POR QUE O LAICISMO É IMPORTANTE?
Texto: Tarsila
Sou profissional de saúde. Mais especificamente, biomédica (em formação). Embora eu tenha escolhido o curso para evitar o contato com pacientes, posso atuar com eles – uma das especializações é perfusão extra-corpórea. Para não me prolongar, perfusão é um procedimento em que o coração do paciente precisa parar e circular através de uma máquina, e é papel do perfusionista “comandar” isso, como o anestesiologista monitora a anestesia durante a cirurgia inteira. É de responsabilidade imensa – literalmente, a vida do paciente está nas mãos do perfusionista.
Agora, imagine você, leitor: uma albina deita na maca e eu não gosto de albinos. Eu acho que eles ferem os bons costumes das quais sou adepta. Por quê? Porque eles são diferentes, oras. Você viu a bíblia falar bem de albinos? Não. Pois eu acho que todos eles deveriam morrer.
Se você vir me dizer que eles escolheram ser albinos… não, senhor. Por que eles não tomam sol? É tão simples! Eles QUEREM ser albinos. Não vem me dizer que eles não podem tomar sol porque é mentira. Eles querem nos assaltar com suas peles e cabelos claríssimos.
Por odiar tanto os albinos, causo uma “falha do aparelho” durante a cirurgia. O sangue do paciente para de circular por alguns instantes e ele tem falhas neurológicas ao acordar da anestesia.
Parece absurdo, mas acontece o tempo todo – com negros, gays, obesos, pobres. Acontece o tempo todo na medicina, na justiça, no comércio, nas universidades. É fácil julgar e se esconder por trás de uma máscara repleta de ignorância, invocar seres que nem sabemos se existem, citar livros mitológicos escritos milhares de anos atrás por sabe-se lá quem e traduzidos e passados adiante por pessoas que jamais chegaremos a ter notícia. É o que acontece, por exemplo, com os gays que têm o casamento anulado por juízes que dizem que “foi deus que mandou”. É o que acontece quando pessoas esperam uma cura para suas doenças, doenças cujo sofrimento causado jamais será tangível para a maioria de nós – paraplegia, danos neurológicos, leucemia – e vêem a medicina e a pesquisa ser atrasada porque “pesquisa com células-tronco é coisa do demônio”.
Ao mesmo tempo, vemos as seguintes imagens: um Papa cujas roupas são tecidas com fios de ouro (nem preciso falar que o mesmo se aplica à coroa) e uma realidade vivida por boa parte da sociedade brasileira:
Acredite se quiser, o título da foto do papa é “Papa discrimina homossexuais”.
Isso me faz perguntar por que atrasamos a pesquisa, traímos a legislação e espalhamos o preconceito por uma instituição que pouco fez e pouco faz à sociedade brasileira. E antes fosse a Igreja Católica a única a usufruir da falta de instrução do povo: A Igreja Evangélica e ramificações (Universal, Reino de Deus, adicione mais umas 200 entidades lucrativas aqui), além de não ajudar pessoas em situação como a criança da foto, fazem de tudo a seu alcance para sugar o dinheiro dos que já têm pouco e expõem seus fiéis a situações de constrangimento extremo, vide o pastor que obrigou uma mulher a reconstituir o hímen (que havia sido rompido por uso de absorvente interno) antes do casamento.
Ao menos a mim, fica evidente a necessidade do laicismo no Estado. Aos mal-informados, Bolsonaros e trolls de plantão, o laicismo não é “favorecer os ateus” ou “ser ateu”. Você pode ser um religioso laico, basta não tratar os OUTROS baseado na SUA religião. O laicismo é a ausência de religião no Estado – seja catolicismo, protestantismo, judaísmo ou o que quer que seja. Não mais podemos julgar as pessoas com base na religião, não mais podemos criar leis com base em livros mitológicos.
Antes que eu seja trollada por pessoas dizendo que isso trai a “família e os bons costumes”, quero deixar bem claro que o laicismo não está associado com a quebra de entidades como a família. Conheço casais ateus, famílias inteiras ateias. O laicismo e o casamento gay não significa que você pode sair na rua pelado ejaculando na cara de quem você quiser. E a ausência do laicismo também não configura o contrário – o carnaval, que nada tem de “moral e bons costumes”, existe nesse país bem antes dos católicos deixarem de ser uma grande maioria da sociedade.
Por isso, escrevi esse texto defendendo o laicismo. Se não podemos tê-lo na política, vamos o cultivar no trabalho, na sociedade, nas universidades, enfim. Um mundo laico e sem preconceito é um mundo melhor =
Veja mais em:
http://www.sociedaderacionalista.org
quinta-feira, 24 de novembro de 2011
quarta-feira, 23 de novembro de 2011
terça-feira, 22 de novembro de 2011
segunda-feira, 21 de novembro de 2011
Questionamento à Moral Cristã.
Devem ter percebido que eu fiquei um bom tempo sem postar - Escola, Provas e Concursos - mas, eu volto no ritmo e com mais um pouco de questionamentos à Igreja, pelo que tem acontecido comigo e a relação estabelecida entre o meu ateísmo e os fatos. Vamos lá.
Há um tempo, eu (e um grupo) fiz um projeto para a escola. O tema? Solidariedade. Vai lá eu, o ateu, ser solidário. Algo tão comum pra mim, justamente por não estar ligado à dogma nenhum, só à ideologia comunista, sempre fiz isso sem esperar nada em troca. O que eu nunca desconfiei foi o preconceito que existe a cerca do ateísmo, com esse papo há muito falido de que ''ateus são imorais''.
Na apresentação do projeto, foram mostrados o que o grupo conseguiu em doações e o que se aprendeu no projeto. Enfim, minha vez de falar. O que eu não esperava é que algum de meus amigos(as) fosse soltar o seguinte comentário: ''Ele é ateu, pode falar nada!''. Não entendi muito, aliás, o meu ateísmo afeta no modo em que eu trato os meus semelhantes?
É mais que uma questão de solidariedade, é uma questão de moral. E eu gosto de definir a Moral como a aplicação da Ética no dia-a-dia. E, religião define Ética?
A religião para situações cotidianas deve ser desprezível, não deve ser levada em conta. Assim como a crença ou não em um Deus. E a Moral Cristã anda muito pobre em ética. Consiste em fazer o bem para ser recompensado - Isso é certo? Como Moral Verdadeira eu considero, como bom ateu que sou, fazer o certo, por ser certo, e nunca esperar nada em troca. Diferente dos nossos amigos cristãos.
E o ocorrido realmente me surpreendeu... Quer dizer, arrecadar 250 quilos de alimentos junto com o grupo, para ouvir esse desaforo? Não sou desses. Nem comecei a explicar o trabalho, e já estava falando sobre Moral Ateísta e Moral Cristã para uma turma de nono ano. Mas, espero que as minhas palavras não tenham passado em vão naquela sala cheia de cristãos. Aliás, independente de ser ateu, deísta, teísta, pastafarista, todos nós somos irmãos, e a Moral manda que nos tratemos bem, independente de tudo, somos todos humanos, a nossa diferença é uma qualidade comum.
A EXISTÊNCIA DOS ILLUMINATIS
Há algum tempo, venho querendo escrever um texto focado nesse tema. Já havia escrito sobre outras teorias da conspiração como a Maçonaria Oculta e a Nova Ordem Mundial, mas unicamente sobre os Illuminati, nunca. E é dessa “sociedade secreta” que trataremos a seguir.
Essa febre de “adoração” ou até mesmo de crença nos Illuminati começou logo após o lançamento do livro “Anjos e Demônios”, de Dan Brown. O livro conta a história do professor de simbologia da Universidade de Harvard, Robert Langdon, que se aventura ao envolver-se com o histórico conflito entre ciência e religião, em particular entre os Illuminati e da Igreja Católica [1]. MAS ISSO É UMA FICÇÃO, o livro é um Romance, aquilo não aconteceu e nem é baseado em fatos reais.
Não compreendo a necessidade de acreditar que existe um seleto grupo de pessoas que dominam o mundo e toda a informação que existe, porque se não há provas da existência de algo e mesmo assim as pessoas creem, é porque há necessidade para tal. Um misto de ignorância e ingenuidade faz com que as pessoas inventem estas teorias, e então passem a pôr a culpa pelo aumento do preço da gasolina ou o desemprego em um grupo seleto de pessoas que controlariam o mundo. Não falamos dos políticos ou das grandes corporações, para quem acredita na existência dessa sociedade secreta, são realmente algumas pessoas que ocultamente controlam todas as atividades mundiais!
Agora que conhecemos o que são, questionemos: os Illuminati existem ou não?
Grupos como Illuminati, Priorado de Sião e Templários já existiram, mas há muito tempo não existem mais.
Illuminati foi uma sociedade secreta criada na Alemanha no dia 1 de maio de 1776 e extinta em 1789, caracterizada por seguir um iluminismo radical, e qualquer teoria que se refira a sua existência for dessas datas é tão real quanto lendas folclóricas. O nome Illuminati só sobrevive hoje em minúsculos grupos de apaixonados pela história do Illuminati original. Eles se dizem herdeiros dos antigos Illuminati, mas não possuem nenhuma ligação direta com os Illuminati originais do século XVIII, além desses grupos não terem ligação entre si e muito menos exercerem influência política ou econômica significativa, a ponto de ao menos permiti-los pensar em dominar o mundo.
Sérgio Pereira Couto [2], jornalista, historiador e escritor, considerado o maior especialista em sociedades secretas no Brasil, ressalta sobre os Illuminati que “páginas e mais páginas de Internet apresentam os esquemas mais malucos e os atribui ao grupo, incluindo ramificações e controle total de outras ordens”, e acrescenta que, desde o século XVIII, “muito se falou sobre essa ordem e pouco se provou”. [3]
Mas mesmo assim, não é difícil achar sites na internet que divulgam milhões de fatos que são atribuídos aos Illuminati. E o mais engraçado (talvez o mais idiota) é que, para os que neles creem, o fato de não existir nenhuma prova concreta da existência dessa sociedade secreta é a maior evidencia da sua existência. (?) – O mesmo pode ser usado para qualquer ser mágico que sua mente possa imaginar:
“Unicórnios são seres mágicos, e por serem seres mágicos não deixam evidencias da sua existência, logo unicórnios existem.”
Isso faz sentido pra você? Pra mim (e para as demais pessoas racionalistas) não. Não é raro encontrar pessoas que se dizem céticas alegando a existência dos Illuminati e tentando prová-la através de vídeos e sites dessa forma:
“Illuminatis existem, olha só a prova: www.illuminatisexistem.com”[4]
Não há nenhuma prova ou base científica nos argumentos para a existência dos Illuminati, só atribuição de alguns fatos às suas vontades. E isso vale para qualquer teoria de conspiração que existe.
Alguém que acredite fielmente na existência desse grupo secreto, começará a atribuir a ele as causas de qualquer coisa ou passará a imaginar sua presença em tudo, por símbolos ou “sinais” inventados por elas. Exemplo disso, são logomarcas de algumas lojas ou até mesmo em videoclipes e fotos de alguns famosos. Essas pessoas ficam tão envolvidas e certas de que suas vidas são regidas por aquela sociedade secreta, que para continuar a convencer a si mesmas passam a buscar evidências da existência desses grupos em qualquer lugar, mesmo que nada disso realmente exista.
Não há quaisquer evidencias da existência dos Illuminatis no mundo atual, fora, é claro, o livro de FICÇÃO “Anjos e Demônios” – escrito por Dan Brown.
[1] Livro Anjos e Demonios – Autor: Brown, Dan http://www.americanas.com.br/produto/268536/livros/literaturaestrangeira/romances/livro-anjos-e-demonios
[2] Sérgio Pereira Couto – http://pt.wikipedia.org/wiki/S%C3%A9rgio_Pereira_Couto
[3] Palestra Illuminati – Entrevista com Sérgio Pereira Couto http://www.youtube.com/watch?v=Weq6EN2SeAg
[4] Referencia usada para provar a existência dos Illuminatis: http://midiailluminati.blogspot.com/
Texto: Kaio Costa
Veja mais em: www.sociedaderacionalista.org
domingo, 20 de novembro de 2011
sábado, 19 de novembro de 2011
sexta-feira, 18 de novembro de 2011
"A enfermeira crente fanática tentou me matar!"
Por Shirley Galdino
No último domingo, Guilherme, 24, ateu, sentiu-se mal e foi levado ao hospital com uma parada cardio-respiratória. Guilherme tem um tipo raro de leucemia e por ter sido vítima de tentativa de aborto, também nasceu com um afundamento da caixa torácica e como conseqüência, uma grave doença cardíaca. Ao chegar no hospital, Guilherme foi imediatamente encaminhado à UTI, onde recebeu os primeiros socorros e permaneceu por três dias. Ao receber alta da Unidade de Terapia Intensiva, Guilherme foi transferido para um apartamento privado e passou a ser cuidado por uma enfermeira evangélica que, ao observar um vídeo que Guilherme assistia, se irritou, dizendo que “(…) em nome de Deus, ela não iria permitir culto satânico no local de trabalho dela.”
Se DEUS não ama você... Então por que eu deveria? Sem Deus, eu não tenho nenhuma razão para agir moralmente.
Então, abriu a bandeja do aparelho, tirou o DVD e o quebrou, substituindo por outro com um culto do Pastor Silas Malafaia, dizendo que “(…) iria tirar o diabo dele”. O detalhe é que Guilherme passara por infarto, estava praticamente sem forças para andar e falar. Tentou gritar, mas devido a debilitação do organismo, não conseguia se fazer ouvir. Entretanto, foram os gritos da enfermeira que chamaram a atenção de médicos e funcionários do hospital. Segundo depoimento dos mesmos, era “um tipo de exorcismo” dentro do quarto. A enfermeira trancou a porta, arrancou os aparelhos que ajudavam na respiração de Guilherme e, brutalmente, segurava sua cabeça apontando para a televisão. A tortura só acabou quando os funcionários conseguiram arrombar a porta com um extintor de incêndio, entretanto, Guilherme já tinha desmaiado. A polícia foi chamada e a enfermeira evangélica foi levada à primeira DP de Itapetininga, onde ainda está detida por tentativa de homicídio, tortura, crime de ódio, entre outras qualificações criminais.
Todavia, com o caso de Guilherme, uma outra questão foi levantada a partir dos depoimentos de funcionários do hospital. Algumas enfermeiras informaram que tinham percebido que pacientes estavam reclamando do tratamento oferecido pela mesma enfermeira que atacara Guilherme. A maioria era de católicos ou de pessoas que afirmavam não seguir nenhuma religião. “É apenas no turno dela que acontece esse tipo de coisa. É só dar uma olhada nos óbitos nos turnos dela.” No entanto, casos como esses ainda estão sendo investigados.
“A sensação é de estupro. Estou muito assustado ainda. Medo de sair na rua, medo de contato com pessoas ao meu lado.”
São casos de intolerância como este, que nos fazem perceber a necessidade urgente de um Estado VERDADEIRAMENTE Laico. As pessoas não entendem o significado de laicismo e acham que Estado Laico é um Estado Ateu. O laicismo considera a existência da ética e da moral e se preocupa com a dignidade humana, independente de dogmas ou doutrinas. Além do mais, essa falta de conhecimento, até mesmo, do próprio ateísmo, faz com que ateus sejam sinônimos de demônios. Ateísmo é visto como “quebrar a regra”, então ateus podem matar, roubar, fazer todo tipo de mal, porque não têm a quem temerem. Ora, ateus apenas não acreditam em divindade alguma e isso não está automaticamente conectado aos conceitos de moral e ética.
“ Na cabeça dela, ela é uma amazona de deus. Na mente doentia dela, ela está fazendo o que Deus pede, é a vontade de Deus. Na mente dessas pessoas, vale tudo para agradar a Deus, mas se você não agrada ele te pune, então antes a pessoa do que você.” (Guilherme K.)
Este é apenas um breve comentário sobre o ocorrido, porque, como vocês perceberam, só este caso do Guilherme já nos rende um leque de assuntos polêmicos a serem discutidos: Aborto, Laicismo, Secularismo, etc. Então, prefiro deixar essas discussões para um próximo post, que seja mais específico. Quero apenas deixar uma citação (a qual não me recordo o autor) que resume muito bem todos esses temas abordados quando remetidos à religião:
“Moralidade é fazer o que é certo independentemente do que é dito. Religião é fazer o que é dito, independentemente do que é certo.”
Guilherme Kempoviki
Atualizações sobre o caso (18/11/11)
Estamos aguardando o desenrolar da história junto ao Guilherme, que é conhecido da comunidade ateísta na internet, em busca de um Boletim de Ocorrência e outras evidências.
Um caso desses, apesar de ser extremo, é possível. Sabemos que tal fenômeno ocorre até mesmo em países mais desenvolvidos em liberdades civis, como quando a Sociedade Americana do Câncer recusou (implicitamente) meio milhão de dólares de ateus e humanistas para evitar associação com ateus.
No último domingo, Guilherme, 24, ateu, sentiu-se mal e foi levado ao hospital com uma parada cardio-respiratória. Guilherme tem um tipo raro de leucemia e por ter sido vítima de tentativa de aborto, também nasceu com um afundamento da caixa torácica e como conseqüência, uma grave doença cardíaca. Ao chegar no hospital, Guilherme foi imediatamente encaminhado à UTI, onde recebeu os primeiros socorros e permaneceu por três dias. Ao receber alta da Unidade de Terapia Intensiva, Guilherme foi transferido para um apartamento privado e passou a ser cuidado por uma enfermeira evangélica que, ao observar um vídeo que Guilherme assistia, se irritou, dizendo que “(…) em nome de Deus, ela não iria permitir culto satânico no local de trabalho dela.”
Se DEUS não ama você... Então por que eu deveria? Sem Deus, eu não tenho nenhuma razão para agir moralmente.
Então, abriu a bandeja do aparelho, tirou o DVD e o quebrou, substituindo por outro com um culto do Pastor Silas Malafaia, dizendo que “(…) iria tirar o diabo dele”. O detalhe é que Guilherme passara por infarto, estava praticamente sem forças para andar e falar. Tentou gritar, mas devido a debilitação do organismo, não conseguia se fazer ouvir. Entretanto, foram os gritos da enfermeira que chamaram a atenção de médicos e funcionários do hospital. Segundo depoimento dos mesmos, era “um tipo de exorcismo” dentro do quarto. A enfermeira trancou a porta, arrancou os aparelhos que ajudavam na respiração de Guilherme e, brutalmente, segurava sua cabeça apontando para a televisão. A tortura só acabou quando os funcionários conseguiram arrombar a porta com um extintor de incêndio, entretanto, Guilherme já tinha desmaiado. A polícia foi chamada e a enfermeira evangélica foi levada à primeira DP de Itapetininga, onde ainda está detida por tentativa de homicídio, tortura, crime de ódio, entre outras qualificações criminais.
Todavia, com o caso de Guilherme, uma outra questão foi levantada a partir dos depoimentos de funcionários do hospital. Algumas enfermeiras informaram que tinham percebido que pacientes estavam reclamando do tratamento oferecido pela mesma enfermeira que atacara Guilherme. A maioria era de católicos ou de pessoas que afirmavam não seguir nenhuma religião. “É apenas no turno dela que acontece esse tipo de coisa. É só dar uma olhada nos óbitos nos turnos dela.” No entanto, casos como esses ainda estão sendo investigados.
“A sensação é de estupro. Estou muito assustado ainda. Medo de sair na rua, medo de contato com pessoas ao meu lado.”
São casos de intolerância como este, que nos fazem perceber a necessidade urgente de um Estado VERDADEIRAMENTE Laico. As pessoas não entendem o significado de laicismo e acham que Estado Laico é um Estado Ateu. O laicismo considera a existência da ética e da moral e se preocupa com a dignidade humana, independente de dogmas ou doutrinas. Além do mais, essa falta de conhecimento, até mesmo, do próprio ateísmo, faz com que ateus sejam sinônimos de demônios. Ateísmo é visto como “quebrar a regra”, então ateus podem matar, roubar, fazer todo tipo de mal, porque não têm a quem temerem. Ora, ateus apenas não acreditam em divindade alguma e isso não está automaticamente conectado aos conceitos de moral e ética.
“ Na cabeça dela, ela é uma amazona de deus. Na mente doentia dela, ela está fazendo o que Deus pede, é a vontade de Deus. Na mente dessas pessoas, vale tudo para agradar a Deus, mas se você não agrada ele te pune, então antes a pessoa do que você.” (Guilherme K.)
Este é apenas um breve comentário sobre o ocorrido, porque, como vocês perceberam, só este caso do Guilherme já nos rende um leque de assuntos polêmicos a serem discutidos: Aborto, Laicismo, Secularismo, etc. Então, prefiro deixar essas discussões para um próximo post, que seja mais específico. Quero apenas deixar uma citação (a qual não me recordo o autor) que resume muito bem todos esses temas abordados quando remetidos à religião:
“Moralidade é fazer o que é certo independentemente do que é dito. Religião é fazer o que é dito, independentemente do que é certo.”
Guilherme Kempoviki
Atualizações sobre o caso (18/11/11)
Estamos aguardando o desenrolar da história junto ao Guilherme, que é conhecido da comunidade ateísta na internet, em busca de um Boletim de Ocorrência e outras evidências.
Um caso desses, apesar de ser extremo, é possível. Sabemos que tal fenômeno ocorre até mesmo em países mais desenvolvidos em liberdades civis, como quando a Sociedade Americana do Câncer recusou (implicitamente) meio milhão de dólares de ateus e humanistas para evitar associação com ateus.
quinta-feira, 17 de novembro de 2011
quarta-feira, 16 de novembro de 2011
segunda-feira, 14 de novembro de 2011
O QUE É UM BURACO NEGRO?
Um dos termos astronômicos mais conhecidos é o “Buraco Negro. Muitos já ouviram falar neste nome, mas poucos realmente sabem o que é, de fato, um buraco negro.
Apesar do termo “buraco-negro” ter sido cunhado por John Wheler em 1967 durante uma palestra na NASA, há cerca de 40 anos os físicos já estudavam as suas propriedades. Em 1916 Karl Schwarzschild encontrou uma solução para a equação da relatividade Geral, que tinha sido publicada por Einstein um ano antes; essa solução descrevia uma singularidade onde as equações de Einstein assumiam um valor infinito, e para essa solução se deu o nome de Raio de Schwarzschild, que mais tarde serviria para definir o “tamanho” de um buraco negro.
Mas afinal, o que é um buraco-negro? Podemos definir buraco-negro de uma maneira bem simples como sendo um corpo cujo campo gravitacional é tão intenso que nem mesmo a luz consegue escapar dele. Um buraco negro se forma quando uma estrela com massa de pelo menos 10 vezes a massa solar, entra em colapso após transformar todo o seu hidrogênio em hélio através da fusão nuclear.
Como a atração gravitacional é tão intensa que nem a luz consegue escapar, como seria cair em um buraco negro? Vamos imaginar a seguinte situação: Um astronauta está se aproximando de um buraco negro, enquanto envia sinais para um outro astronauta que está na nave usando o flash de uma maquina fotográfica, e a cada segundo que passa ele dispara o flash uma vez. Ao chegar a borda do horizonte de eventos nada de estranho acontece, porém, ao ultrapassar essa “barreira”, mesmo que o astronauta emita um flash, o seu companheiro que está na nave não vai ver a luz, pois como já disse antes, a atração gravitacional de um buraco negro é tão grande que a luz não escapa. Ou seja, para o astronauta que estivesse dentro da nave seria como se o seu companheiro simplesmente tivesse sumido. Já para o astronauta que entrou no buraco-negro a experiencia não deve ter sido muito agradavel, já que ele provavelmente seria destroçado pela grande atração gravitacional.
Ainda existe muita discórdia sobre o que acontece no interior de um buraco negro; somente quando unificarmos a gravidade com as outras forças elementares, poderemos ter uma resposta mais clara para este problema, e por enquanto temos apenas suposições.
Por fim, gostaria de recomendar a excelente palestra do Profº João Steiner que pode ser encontrada neste link onde é discutido o que é um buraco-negro e algumas outros assuntos muito interessantes
Por: Diego Lakatos
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domingo, 13 de novembro de 2011
sábado, 12 de novembro de 2011
TEORIAS DE CONSPIRAÇÕES: BESTEIRAS
A ideia de que vivemos num mundo caótico em que os nossos “líderes” — governantes de países e grandes empresários de multinacionais — não sabem, em grande parte, o que estão fazendo, é, para muita gente, o assustador futuro que se pode ter. É, de certa forma, o equivalente a uma criança pequena perceber que pela primeira vez na vida seus pais não têm todas as respostas, e que muitas vezes nem estão em sintonia um com o outro; que não há ninguém absolutamente competente para cuidar de nós. É um terror básico, que não desaparece totalmente pelo simples fato de chegarmos à idade adulta. O ser humano, em certos aspectos, nunca cresce totalmente: continuamos a necessitar, em diversos graus, de nos sentir seguros, de sentir que há ordem no universo, de que há um plano, de que há uma espécie de “pai” que cuida de nós — mesmo que muitas vezes não o entendamos, que os seus objetivos nos sejam em grande parte incompreensíveis e que ele nos pareça muito cruel.
Não, não estou falando de religião, se bem que tudo o que escrevi acima é perfeitamente aplicável também pra visão religiosa. Nesse texto eu mudei o alvo dos meus ataques, e vou falar sobre a ideia de teorias de conspiração: a ideia de que há certos “Chefes do mundo”, normalmente sob a forma de uma organização ultra-secreta — tão secreta que a maioria das pessoas nunca ouviu falar dela — que controlam, a partir das sombras, o avanço e o destino da humanidade, estando acima de presidentes e outros líderes “visíveis” e que isto é assim há séculos, ou mesmo milênios.
Para um crente das teorias de conspiração, tudo o que acontece — os resultados de uma eleição, um golpe de Estado, uma crise econômica, uma celebridade assassinada, ou mesmo um avanço científico – só acontece porque essa organização que domina o mundo quis assim, de acordo com o seu plano de dominar o mundo. Essa organização controla tudo, são absolutamente competentes, e é virtualmente impossível frustrar os seus planos — sobretudo porque a maioria dos “carneiros” desconhece que eles sequer existem, vivendo felizes na sua ignorância. E a organização é, obviamente, muito eficiente a fazer desaparecer evidências (ou pessoas); afinal, fazem isso há centenas de anos. E todos os eventos registrados na História têm um significado diferente, quando interpretados sob este ponto de vista.
Mais incrivelmente, quando confrontados com a falta de evidência para justificar a sua crença de que os Illuminati, a Maçonaria, os Bilderberg e afins controlam o destino da humanidade, os crentes nas teorias de conspiração têm na ponta da língua a resposta, a seu ver, perfeita:
“Isto só prova que eles são absolutamente competentes e mantém oculta a sua influência, e em certos casos até mesmo sua existência.”
Tal como na citação no início do post, a prova de que eles existem é que não os conseguimos detectar a existência deles. A prova de que controlam tudo é que não conseguimos sequer ver esse controle. E a explicação para tanta “eficiência”? Intenções sinistras, é claro.
É uma lógica curiosa: quanto menos evidências existem deles, mais competentes e malignos são; logo, se não há evidências, são extremamente competentes e malignos. A ideia de que não há evidências também pode, sei lá, quem sabe, indicar que realmente não existem (ou, em casos como a Maçonaria, não têm o poder nem fazem as coisas que lhes são atribuídas) nem lhes parece passar pela cabeça…
Possivelmente, alguns crentes das teorias de conspiração até se consideram céticos, isto é, não acreditam cegamente, dizem eles, na “versão comum” da História, da política, de como a humanidade progride. Mas isto é um erro. O verdadeiro ceticismo baseia-se em escolher e escalar as nossas crenças de acordo com as evidências disponíveis, e não em rejeitar toda e qualquer evidência contrária a uma crença pré-assumida, ou pior ainda: em reinterpretar a ausência de evidência a favor dessa crença como “prova” de que ela é válida (?). E é isto que um crente na teoria de conspiração efetivamente faz. Depois de construir a sua crença, não há evidências contra essa crença que surtam qualquer efeito; tudo pode ser reinterpretado como “isso é o que eles querem que pensemos!“. Por outro lado, qualquer ponto aparentemente a favor dessa crença, por mais “rebuscado” que seja, serve-lhe de confirmação — mais do que suficiente — de que ela é legítima. Isto, como espero ser óbvio, não é uma forma nem científica, nem cética, nem intelectualmente honesta de ver as coisas.
E com isso lanço um desafio a qualquer crente na teoria de conspiração que leia isto e não concorde com a minha posição. O desafio é: há alguma coisa, algum tipo de evidência, que te fizesse admitir que estivesse errado/a, que as tuas crenças sobre conspirações e organizações ultra-secretas são infundadas, que o mundo realmente é caótico, os nossos “líderes” são na sua maioria mais ou menos incompetentes, e não há qualquer “plano” a ser mantido cuidadosamente por um grupo sombrio?
Se não há, se qualquer possível evidência que te fornecessem seria imediatamente reinterpretada como “isso é o que eles querem que se pense” (confirmando, dessa forma, ainda mais a sua posição), se a tua crença é completamente imune à realidade, então de onde é que ela realmente vem? Será de um medo de viveres num mundo caótico onde as coisas acontecem muitas vezes sem explicação, sem fazerem parte de um plano? Ou é simplesmente porque você quer se sentir “especial” ao ser o único, ou dos pouquíssimos únicos, que sabe a “verdade” por trás das coisas enquanto o resto da humanidade não passa de “carneiros” iludidos? Pensa bem. É que acabou de demonstrar que não existem fatos, nem evidências, de uma observação honesta do mundo… o que faz de você o oposto de um “cético”: um crente dogmático, que escolhe e mantém determinadas crenças apenas porque isso te faz sentir bem.
Por: Kaio Costa
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sexta-feira, 11 de novembro de 2011
quinta-feira, 10 de novembro de 2011
quarta-feira, 9 de novembro de 2011
segunda-feira, 7 de novembro de 2011
A Véia N'Areia e Outros Poemas - Fabricio Martines Alves
Livro do meu amigão Fabrício. Vale a pena!!
Isso deve ser divulgado - Decisão inédita a favor do ateísmo.
Fonte:http://bulevoador.haaan.com
Este que vos escreve é um dos que moveram ações contra José Luiz Datena por causa da miríade de falsas acusações e ofensas gratuitas por ele feitas contra ateus. O processo (№ 625.01.2010.018574) tramitou pela 3ª Vara Cível da Comarca de Taubaté.
No dia 13 de setembro foi proferida a sentença (publicada no Diário Oficial do Estado de São Paulo no dia 15), que pode ser lida aqui, condenando José Luiz Datena e Rádio e Televisão Bandeirantes Ltda. a pagarem ao autor desta postagem o valor de R$ 10.000,00.
Trata-se, até onde sabemos, da primeira vez na história deste país que alguém é condenado por discriminação contra ateus.
No dia 26 de outubro foram protocoladas as apelações de ambos os réus.
Será também, possivelmente, até onde sabemos, a primeira vez que, em um caso concreto, poderemos requerer que seja retirado da sala de julgamento o crucifixo que se ostenta sobre as cabeças dos julgadores, sem que esse pedido seja negado pelas tergiversações do Conselho Nacional de Justiça.
Petição Inicial: http://www.progressosustentavel.com/peticao.pdf
Sentença: http://www.progressosustentavel.com/sentenca.pdf
Apelações dos Réus: http://www.progressosustentavel.com/apelacoes.pdf
Sobre o Caso
No dia 27 de julho de 2010, no programa “Brasil Urgente”, pela TV Band, o apresentador José Luiz Datena dedicou cerca de uma hora a incitar o público ao ódio e a lançar as mais pérfidas acusações àqueles que, pela mais pura expressão da liberdade de consciência, amparados pela Constituição, decidiram não seguir religião alguma, não professar nenhum tipo de fé religiosa, nem adotar como objeto de adoração nenhum dos deuses criados pela história humana, não por serem contra alguns dos princípios dessas doutrinas, mas por não acreditarem, sinceramente, na existência de um plano metafísico que abrigue uma entidade onipotente que regeria o Universo e julgaria os homens.
Como todos aqui já sabem, Datena ultrapassou todos os limites da liberdade de expressão ao declarar e esbravejar, entre muitas outras coisas, que: não quer ateus assistindo seu programa; ateus são “pessoas do mal”; ateus são pessoas “aliadas do Capeta”; ateus são criminosos, egoístas, gananciosos, capazes de cometer os mais hediondos atos; ateus não têm limites; ateus são responsáveis pelas barbaridades narradas em seu programa; “quem não acredita em deus não costuma respeitar os limites, porque se acha o próprio deus”; é por causa dos ateus “que o mundo está assim, essa porcaria”; um homem que mata a tiros uma criança de dois anos seria “um exemplo típico de um sujeito que não acredita em deus”; só pode estar no “caminho certo” quem acredita em deus.
Datena chegou a lançar uma enquete para “provar para essas pessoas do mal” que deus existiria e que “o bem é maioria”, com a questão “Você acredita em Deus?”, cujas respostas “Sim” e “Não” poderiam ser dadas por telefone: “Mas se eu fizer uma pesquisa aqui, se você acredita em deus ou não, é capaz de aparecer gente que não acredita em deus”. Ao constatar que mais de mil pessoas declararam ser ateias, Datena, em tom indignado, passou a incitar o público a vencer a enquete, a “dar de lavada nos ateus”, além de declarar coisas como “tem muito bandido votando do outro lado”, “até de dentro da cadeia”.
Quando se esperava que, num programa seguinte, Datena fizesse algum tipo de retratação – ao menos em respeito à indignação que ele provocou na comunidade ateia do país com suas acusações caracterizadas pela mais árida argumentação –, o que ele fez foi debochar e reafirmar todas as suas declarações, baixando o nível da linguagem e explicitando a sua vontade gratuita de ofender: “Hah… Tem até uma associação… de ateus! Que pediu direito de resposta para falar aqui. Disse que eu teria metido o pau em quem não acredita em deus… que se lasque quem não acredita em deus!
Valendo-se do fato de que o programa do dia 27 de julho de 2010, até há bem pouco tempo, não tinha ido parar na Internet, Datena mostrou que sua palavra vale tanto quanto a de um moleque: ao invés de assumir o que disse e pedir desculpas (ou assumir sem pedir desculpas mesmo), Datena passou a querer se fazer de vítima, dizendo, em todas os seus pronunciamentos sobre esse assunto, que estava sendo processado só por ter dito que determinados comportamentos maus são coisa de “gente sem deus no coração”.
sexta-feira, 4 de novembro de 2011
O MONSTRO DO ESPAGUETE VOADOR
“E no começo era a palavra, e a palavra era Aaargh!” O quê? Você não conhece o Monstro do Espaguete Voador? O que você andou comend… Digo, louvando esse tempo todo? Tudo bem, vamos lá: eu explico.
O Pastafarianismo, ou FSM (referência a Flying Spaghetti Monsterism) é uma religião fundada por Bobby Henderson, em 2005. O intuito de Henderson era protestar contra o sistema educacional estadunidense – mais precisamente de Kansas – que resolveu requerer que o ensino do design inteligente fosse ensinado como alternativa à teoria da evolução.
Henderson escreveu uma carta ao conselho de educação, na qual diz acreditar em um Criador sobrenatural chamado Monstro de Espaguete Voador (Flying Spaghetti Monster), formado por espaguete e almôndegas, e pede que o Pastafarianismo seja ensinado em aulas de ciências. Abaixo, a carta:
“Estou escrevendo a vocês com muita preocupação, depois de ter lido suas audiências para decidir se a alternativa Teoria do Design Inteligente deveria ser ensinada juntamente com a Teoria da Evolução. Eu acho que todos podemos concordar que é importante para os estudantes escutarem múltiplos pontos de vista para que assim possam escolher por eles mesmos a teoria que faz mais sentido para eles. Estou preocupado, contudo, que os estudantes somente ouçam uma Teoria do Design Inteligente.
Lembremo-nos que existem múltiplas teorias do Design Inteligente. Eu e muitos outros ao redor do mundo temos a forte crença de que o universo foi criado por um Monstro de Espaguete Voador. Foi Ele quem criou tudo o que vemos e tudo o que sentimos. Nós acreditamos fortemente que toda a incontroversa evidência científica do mundo que aponta em direção a um processo evolucionário não é nada além de uma tremenda coincidência, organizada por Ele.
E é por essa razão que estou lhes escrevendo hoje, para formalmente requerer que essa teoria alternativa seja ensinada nas suas escolas, juntamente com as outras duas teorias. De fato, eu irei tão longe e direi que, se vocês não concordarem em fazer isso, seremos forçados a processá-los com uma ação legal. Tenho certeza que vocês percebem de onde estamos vindo. Se a Teoria do Design Inteligente não é baseada na fé, mas ao invés disso sendo uma outra teoria científica, assim como alegam, então vocês também devem permitir que nossa teoria seja ensinada, pois também é baseada na ciência, e não na fé.
Alguns acham isso difícil de acreditar, então talvez seja proveitoso contar-lhes um pouco mais sobre nossas crenças. Nós temos evidência de que o Monstro de Espaguete Voador criou o universo. Nenhum de nós, claro, estava lá para ver isso, mas temos relatos escritos sobre isso. Nós temos vários extensos volumes explicando todos os detalhes do Seu poder. Também, vocês devem estar surpresos de ouvir que existem 10 milhões de nós, e aumentando. Nós temos a tendência de sermos muito secretos, pois muitas pessoas afirmam que nossas crenças não são substancialmente baseadas por evidência observável. O que essas pessoas não entendem é que Ele construiu o mundo para que pensássemos que a Terra é mais velha do que realmente é. Por exemplo, um cientista pode executar um processo de datação por carbono em um artefato. Ele encontra que aproximadamente 75% do Carbono-14 decaiu por emissão de elétrons para Nitrogênio-14, e infere que este artefato tem aproximadamente 10 000 anos de idade, pois a meia-vida do Carbono-14 é de 5730 anos. Mas o que nossos cientistas não percebem é que toda vez que eles fazem uma medição, o Monstro de Espaguete Voador estará lá mudando os resultados com seu Apêndice Macarrônico. Nós temos vários textos que descrevem detalhadamente como isso é possível e as razões por que Ele faz isso. Obviamente, Ele é invisível e pode passar através de matéria ordinária com facilidade.
Tenho certeza que agora vocês entendem o quão importante é que os seus estudantes sejam ensinados sobre esta teoria alternativa. É absolutamente imperativo que eles percebam que evidência observável está no julgamento de um Monstro de Espaguete Voador. Além do mais, é desrespeitoso ensinar nossas crenças sem vestir a Sua roupa escolhida, que claramente é uma completa vestimenta pirata. Não posso medir suficientemente a importância disso, e infelizmente não posso descrever em detalhes o motivo de isso precisar ser feito, pois temo que esta carta já esteja ficando muito longa. A explicação resumida é que Ele fica com raiva se não fizermos assim.
Vocês devem estar interessados em saber que o aquecimento global, terremotos, furacões e outros desastres naturais são um efeito direto da diminuição do número de piratas desde o século XIX. Para o seu interesse, incluí um gráfico do número aproximado de piratas versus a média de temperatura global nos últimos 200 anos. Como vocês podem ver, existe uma significativa relação estatística inversa entre piratas e temperatura global.
Relação entre número de piratas, aquecimento global e ano.
Em conclusão, obrigado por terem tomado o tempo para ouvir nossas visões e crenças. Eu espero que tenha sido capaz de expor a importância de ensinar essa teoria aos nossos estudantes. Nós iremos, com certeza, ser capazes de treinar os professores nessa teoria alternativa. Estou ansiosamente aguardando sua resposta, e espero sinceramente que nenhuma ação legal tenha que ser tomada. Acho que todos podemos olhar para a frente para o tempo em que essas teoria sejam dadas tempo igual na sala de aulas de ciências em todo o país, e eventualmente no mundo. Uma terça parte para Design Inteligente, uma terça parte para Pastafarianismo (ou Monstroísmo Espaguético Voador), e uma terça parte para conjectura lógica baseada em incontroversa evidência observável.
Sinceramente, Bobby Henderson, cidadão preocupado.”
Henderson criou algumas crenças que parodiam intencionalmente os argumentos mais habitualmente utilizados pelos defensores do design inteligente. No Pastafarianismo, são elas:
Um invisível e indetectável Monstro do Espaguete Voador criou o universo, começando com uma montanha, árvores e um anão.
Aquecimento global, terremotos, furacões e outros desastres naturais são uma consequência direta do declínio no número de piratas desde o século XIX.
Todas as evidências a favor da evolução foram intencionalmente plantadas pelo Monstro de Espaguete Voador. O “FSM” testa a fé dos Pastafarianos fazendo as coisas parecerem mais velhas do que elas realmente são. “Ele encontra que aproximadamente 75% do Carbono-14 decaiu por emissão de elétrons para Nitrogênio-14, e infere que este artefato tem aproximadamente 10.000 anos de idade, pois a meia-vida do Carbono-14 é de 5.730 anos. Mas o que nossos cientistas não percebem é que toda vez que eles fazem uma medição, o Monstro de Espaguete Voador estará lá mudando os resultados com seu Apêndice Macarrônico. Nós temos vários textos que descrevem detalhadamente como isso é possível e as razões por que Ele faz isso. Obviamente, ele é invisível e pode passar através de matéria ordinária com facilidade.”
Os fósseis dos dinossauros foram escondidos sob a terra com o único intuito de enganar a humanidade.
O Pastafariano acredita num paraíso que inclui cerveja em abundância e muitas mulheres fazendo striptease.
O Pastafariano também acredita num inferno, onde a cerveja é sem álcool e quente e as strippers têm doenças sexualmente transmissíveis
“RAmén” é a conclusão oficial para rezas, certas seções do Evangelho do Monstro do Espaguete Voador, etc. e é uma combinação do termo hebreu “Amém” (também usado no cristianismo) e Ramen, um tipo de macarrão japonês (Lámen).
Claro, a teoria não pára por aí. O Pastafarianismo também possui suas recomendações recebidas por um deus. Neste caso, quem recebeu foi um de seus piratas (Mosey), diretamente do Monstro do Espaguete Voador. Originalmente eram 10 Condimentos transmitidos pelo Espaguete a Mosey, mas este perdeu dois deles enquanto descia a montanha tentando se equilibrar com as tábuas nas mãos. Deste modo, os seguidores do Pastafarianismo seguem apenas 8, sendo eles:
1. Realmente preferiria que você não agisse como um santarrão imbecil que se acha melhor que os outros quando descrever minha santidade espaguética. Se alguns não creem em mim, não tem problema. Na verdade, não sou tão vaidoso. Além disso, isso aqui não é sobre eles, então não mude de assunto.
2. Realmente preferiria que você não usasse a minha existência como um meio para oprimir, subjugar, castigar, eviscerar, ou … você sabe, ser mau para com os outros. Eu não peço por sacrifícios, e a pureza é para a água potável, não para pessoas.
3. Realmente preferiria que você não julgasse as pessoas por seu aspecto, ou por como se vestem, ou pela maneira como falam, ou… olhe, seja simplesmente bom, está bem? Ah, e que te entre na cabeça: mulher = pessoa, homem = pessoa, Samey = Samey. Nenhum é melhor que o outro, a menos que falemos de moda claro, sinto muito, mas isso eu deixei às mulheres e a alguns homens que conhecem a diferença entre verde mar e fúcsia.
4. Realmente preferiria que você não fizesse coisas que ofendessem a você mesmo, ou a(o) seu(ua) parceiro(a) amoroso(a) mentalmente maduro(a) e com idade legal para tomar suas próprias decisões. Quanto a qualquer outro que vier criticá-los, creio que a expressão é “não dê a mínima”, a menos que você o ache ofensivo, em cujo caso você pode apagar o televisor e sair para dar um passeio, para variar.
5. Realmente preferiria que você não desafiasse as ideias fanáticas, machistas e de ódio aos diferentes com o estômago vazio. Coma primeiro, depois vá ter com os escroques.
6. Realmente preferiria que você não construísse igrejas/templos/mesquitas/santuários multimilionários à minha santidade macarrônica quando o dinheiro poderia ser melhor empregado em (a escolha é sua):
A. Terminar com a pobreza.
B. Curar enfermidades.
C. Viver em paz, amar com paixão e abaixar o preço da televisão a cabo.
Posso ser um ser onipresente de carboidratos complexos, mas desfruto das coisas simples da vida. Eu sei, por isso SOU o criador.
7. Realmente preferiria que você não andasse por aí contando às pessoas que eu falo com você. Você não é tão interessante. Cresça! Te disse que amasses ao teu próximo, você não entende as indiretas?
8. Realmente preferiria que você não fizesse aos outros o que você gostaria que fizesse a você se você gosta de… É… daquelas coisas que usam muito couro/lubrificante/Las Vegas. Mas se a outra pessoa também gostar da brincadeira (conforme 4), então aproveitem, tirem fotos, e pelo amor de Mike, usem preservativo! É verdade, é um pedaço de borracha. Se eu não quisesse que vocês gostassem de brincar eu teria colocado pregos no playground ou algo assim.
O garfo crucificado: uma das representações do Monstro do Espaguete Voador
Segundo o livro sagrado do FSV, os piratas antigamente eram amantes da diversão que espalhavam a bondade pelo mundo, nada se parecendo com os piratas criminosos atuais. Sua imagem teria sido denegrida por religiões como a judaico-cristã e os Hare-Krishnas e, por isso, seus fantasmas estão associados com o desaparecimento de navios no Triângulo das Bermudas. Uma prova do poder pirata estaria no fato da Somália ter um grande número de piratas e uma baixa emissão de carbono.
Dia 19 de setembro foi definido como o dia internacional de falar como um pirata, para comemorar sua luta. E na rejeição de dogmas que é intrínseca ao Pastafarianismo, ele deve ser comemorado como seus adeptos bem entenderem.
Agora que você já conhece o inefável Monstro do Espaguete Voador, não há mais motivos para não o louvar. Seja abençoado em seu molho de tomate. RAMÉN!
Post scriptum: por curiosidade, uma notícia:
“Após três anos de disputas judiciais, o austríaco Niko Alm obteve o direito de aparecer em sua carteira de motorista usando um escorredor de macarrão como capacete. O direito foi obtido se aproveitando de um recurso da lei do país, que permite que pessoas aleguem motivos religiosos para utilizar alguma espécie de acessório nesse tipo de fotografia.
Apesar de Alm se declarar abertamente como um ateísta, usou como argumento de defesa a justificativa de que a proibição ia contra sua crença no Montro do Espaguete Voador. Surgida de um livro satírico escrito por Bobby Henderson, a criatura é descrita como a verdadeira criadora do universo e responsável por tudo o que acontece no mundo.
Texto:Lisiane Pohlmann
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quinta-feira, 3 de novembro de 2011
Problemas com os PODCASTS
Olá amigos, o servidor que estavam os podcasts apresentou problemas e eu tive que republicar todos. Desculpem pelo transtorno!
Você tem medo de falar em público?
Este vídeo faz parte do projeto Falar Bem onde, juntamente com outros profissionais da área, estamos buscando fazer a nossa parte para melhorar o país em que vivemos, trazendo de forma gratuita, um material de aperfeiçoamento pessoal. Mas para que este projeto continue, precisamos que você nos ajude a divulgá-lo, contamos com seu apoio assistindo os vídeos, positivando-os caso vocês gostem e se inscrevendo no canal!
Vídeos como esse são comercializados a preços altíssimos e estamos oferecendo-os gratuitamente aos amigos. Apesar de toda a pressão que estamos sofrendo para que abandonemos o projeto gratuito, iremos continuar. Mas pra isso, precisamos de vocês! Divulgue essa idéia!
JESUS & ELVIS – CAPÍTULO II: O PLANO
Elvis não teve tempo para brecar Jesus, também não queria. Estava tudo arquitetado, dias atrás, Elvis que vinha investigando qualquer informação que pudesse tirar Jesus de seu caminho, acabou por descobrir as histórias contadas sobre o “santo” homem na terra. Não foi fácil, os infiltrados no planeta azul apesar de acessíveis eram mudos e analfabetos, desta forma, não tinha como telefonar ou pedir que escrevessem… Elvis deixou que Jesus saísse e lançou um pequeno sorriso aos amantes de seu sorriso, como não tinha ninguém na sala além dele, e Jesus já saíra, ninguém viu.
Mas tudo tem uma explicação lógica, ou não seriam marcianos. Há muito que Marte dividira-se em duas partes, Marte de baixo e Marte de Cima, cada uma das partes contendo um prefeito para organizar a bagunça. Além disso, existia uma linha fronteiriça onde se alojada uma pequena cabine, parecida com um pedágio, não fazendo parte de nenhuma das partes e fazendo ao mesmo tempo; vivia o Rei, o homem que tentava conciliar aquela divisão e servia como modelo para cartazes políticos, embora ninguém soubesse direito o que ele fazia. Era como o Rei De Terra Nenhuma, porque quem realmente mandava eram os prefeitos.
Dentro da cabine, tinha apenas uma pequena televisão chuviscada que pirateava transmissões vindas da terra. O Rei Marcoberto sabia que a programação de marte era mais culta, trazia mais informações, continha programas culturais e um alto padrão intelectual, mas a vida lhe ensinara tanto que viver eternamente o fez saber de tudo, logo, preferia mesmo as bundas e comédias sem sentido dos programas da Terra. Ria e não saía daquela cabine por nada, recebia adversários políticos em sua cabine e os convidava para um carteado ou horas parados ao som de “Tequila Vanilla”, cantora famosa por fazer adormecer com sua voz de veludo.
Onde tudo isso nos leva? Certamente para lugar nenhum, mas tal presidência era altamente desejada pelos dois únicos candidatos, Jesus e Elvis… Desta forma, assim que Elvis descobriu sobre o passado de Jesus na terra, embora fosse estranho demais não ter sabido disso quando vivo no mesmo planeta, tratou de contratar os cantores “No Ouvido” para cantarem diante a janela de Jesus. Jesus escutou a seguinte melodia, “Oh Querido Jesus… Louvemos teu nome, aqui és nosso Prefeito, mas na Terra já és mártir”, e foi “Pa-Pum” para que o santo resolvesse voltar à terra para descobrir que bosta era aquela de o chamarem de mártir. Claro que tal artimanha veio a calhar quando os marcianos descobriram que um meteoro chegaria na terra em poucos dias. Elvis planejara tudo direitinho. Jesus voltaria para a terra, e seria morto de novo, só que pelo meteoro.
Voltando daquele flashback estranho onde até mesmo conseguira ter as lembranças do presidente Marcoberto, Elvis deu uma rebolada, só para não perder o rebolado, e caminhou até o salão real de sua pequena mansão.
A mansão era coisinha humilde, não mentirei se falar que exatamente 100 virgens marcianas e nuas passeavam pelos corredores, eram camareiras, cozinheiras, profissionais do sexo, motoristas, intelectuais que faziam seus discursos (que não eram muito bonitas, mas eram pegáveis) e algumas tietes que se inscreviam para passar dias sentindo o vento na pele.
Elvis adentrou no corredor sombrio e esperou que estivesse sozinho, algo difícil, depois de 40 minutos conseguiu uma brecha de solidão, entortou uma cópia de um quadro muito famoso e a parede se abriu como uma porta secreta. Elvis entrou, deu mais um rebolado antes que o ambiente não reconhecesse a senha rebolativa, e um holograma surgiu espirrando pela poeira do lugar fechado onde se materializara… Era Darwin, um velho amigo.
Por: Fabrício Alves
Veja mais em: http://sociedaderacionalista.org
Mas tudo tem uma explicação lógica, ou não seriam marcianos. Há muito que Marte dividira-se em duas partes, Marte de baixo e Marte de Cima, cada uma das partes contendo um prefeito para organizar a bagunça. Além disso, existia uma linha fronteiriça onde se alojada uma pequena cabine, parecida com um pedágio, não fazendo parte de nenhuma das partes e fazendo ao mesmo tempo; vivia o Rei, o homem que tentava conciliar aquela divisão e servia como modelo para cartazes políticos, embora ninguém soubesse direito o que ele fazia. Era como o Rei De Terra Nenhuma, porque quem realmente mandava eram os prefeitos.
Dentro da cabine, tinha apenas uma pequena televisão chuviscada que pirateava transmissões vindas da terra. O Rei Marcoberto sabia que a programação de marte era mais culta, trazia mais informações, continha programas culturais e um alto padrão intelectual, mas a vida lhe ensinara tanto que viver eternamente o fez saber de tudo, logo, preferia mesmo as bundas e comédias sem sentido dos programas da Terra. Ria e não saía daquela cabine por nada, recebia adversários políticos em sua cabine e os convidava para um carteado ou horas parados ao som de “Tequila Vanilla”, cantora famosa por fazer adormecer com sua voz de veludo.
Onde tudo isso nos leva? Certamente para lugar nenhum, mas tal presidência era altamente desejada pelos dois únicos candidatos, Jesus e Elvis… Desta forma, assim que Elvis descobriu sobre o passado de Jesus na terra, embora fosse estranho demais não ter sabido disso quando vivo no mesmo planeta, tratou de contratar os cantores “No Ouvido” para cantarem diante a janela de Jesus. Jesus escutou a seguinte melodia, “Oh Querido Jesus… Louvemos teu nome, aqui és nosso Prefeito, mas na Terra já és mártir”, e foi “Pa-Pum” para que o santo resolvesse voltar à terra para descobrir que bosta era aquela de o chamarem de mártir. Claro que tal artimanha veio a calhar quando os marcianos descobriram que um meteoro chegaria na terra em poucos dias. Elvis planejara tudo direitinho. Jesus voltaria para a terra, e seria morto de novo, só que pelo meteoro.
Voltando daquele flashback estranho onde até mesmo conseguira ter as lembranças do presidente Marcoberto, Elvis deu uma rebolada, só para não perder o rebolado, e caminhou até o salão real de sua pequena mansão.
A mansão era coisinha humilde, não mentirei se falar que exatamente 100 virgens marcianas e nuas passeavam pelos corredores, eram camareiras, cozinheiras, profissionais do sexo, motoristas, intelectuais que faziam seus discursos (que não eram muito bonitas, mas eram pegáveis) e algumas tietes que se inscreviam para passar dias sentindo o vento na pele.
Elvis adentrou no corredor sombrio e esperou que estivesse sozinho, algo difícil, depois de 40 minutos conseguiu uma brecha de solidão, entortou uma cópia de um quadro muito famoso e a parede se abriu como uma porta secreta. Elvis entrou, deu mais um rebolado antes que o ambiente não reconhecesse a senha rebolativa, e um holograma surgiu espirrando pela poeira do lugar fechado onde se materializara… Era Darwin, um velho amigo.
Por: Fabrício Alves
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quarta-feira, 2 de novembro de 2011
terça-feira, 1 de novembro de 2011
segunda-feira, 31 de outubro de 2011
FILME: HABEMUS PAPAM (2011) – NANNI MORETTI
Não sou entendido na sétima arte, mas sei que existem filmes bons e filmes ruins, filmes apenas para vender e filmes artísticos. Quando falo artístico, falo de filmes com intuito de promover a arte, com reflexão, beleza e algo mais; durante esta maratona atrás de filmes com algo mais, caí nesta trama realmente inusitada. Todos sabemos o que acontece após a morte do Papa, os cardeais/candidatos se reúnem e votam no sucessor, depois de escolhido, aquela fumacinha sai da “chaminé” e o mundo todo fica de olho no novo líder religioso, que ouso dizer, carrega uma responsabilidade ainda maior que ser o Presidente dos Estados Unidos, sim, o Papa.
O filme traz como personagem principal o cardial Melville, que acaba sendo eleito para carregar tal fardo, então todos se dirigem à sacada, para apresentá-lo ao mundo e serem contemplados por um discurso divinamente inspirado… É neste momento que o novo Papa, antes mesmo de chegar à visão do público, espera em uma cadeira e grita: “Eu não posso!”. Felizmente apenas os cardeais escutam tal lamúria e o novo Papa tem um ataque de pânico sem precedentes… E o público espera… Espera…
O que fazer nesta situação? Não há regras para serem seguidas, isso nunca aconteceu com nenhum outro candidato a Papa, o mundo todo espera em stand by pelo pronunciamento do novo líder. Este é o enredo, um homem comum, com seus medos, incertezas e fraquezas que definitivamente não aceita a responsabilidade de guiar todo mundo.
Confesso que cheguei à este filme por um anúncio que prometia ser um filme ateísta. Definitivamente vemos muito do ateísmo dentro da obra, mas nem de longe podemos classificar tal obra como uma obra ateísta, é uma obra humanista acima de tudo, tem o homem como estudo, independente de suas crenças ou descrenças.
Paralelamente, para tratar do novo Papa, que certamente precisa ser tratado urgentemente para fazer seu discurso, é contratado pelo vaticano, um psicanalista para ajeitar rapidamente a cabeça do santo homem. Nanni Moretti, diretor do filme, que ganhou a Palma de Ouro por “O quarto filho” em 2001 e causou alvoroço quando interpretou um jovem padre em “A missa acabou” de 1985, é quem interpreta o tal psicanalista; detalhe, este psicanalista, após entrar no vaticano, só pode sair depois que o Papa fizer seu discurso, afinal, não podem deixar a informação de quem é o novo líder religioso vazar, e acaba tendo que conviver com dezenas de cardiais, dormir, conversar, almoçar, e para quebrar o tédio, jogar um carteado e preparar alguma gincana para entreter a todos… Embora interprete um psicanalista cético e ateu, está a trabalho, e como o único livro que deixam ele usar é a bíblia, realmente tira água de pedra para fazer seu serviço.
Independente de haver um ateu dentro do vaticano, tentando resolver um problema gigantesco e precisando levar o novo líder religioso ao mundo, quem brilha realmente é Melville, o Papa em crise, interpretado por Michel Piccoli, já ganhador do prêmio de melhor ator em Cannes por “Salto nel Vuoto”, ele tem a capacidade de nos emociona apenas com um olhar.
O filme não se trata de religião, nem é uma afronta à mesma, como poderiam esperar do diretor Moretti, mas humaniza tais profissionais e dá a eles uma leveza e mostra ao público o quão pesado podem ser este oficio. Imagine lidar com os sonhos e esperanças da humanidade, é isso que o Papa faz, ele consola, serve de guia e é um homem, alguém que tem um passado e seus dramas particulares. Para o início do filme foram permitidas cenas do enterro do João Paulo II. Confesso que foi um filme que me surpreendeu, obviamente é uma comédia dramática, levando o ceticismo e humanismo para dentro dos portões do Vaticano. Muitos homens entram em crise e procuram por ajudas “divinas”, mas o que acontece quando um “santo homem” entra em crise? Pois é… Aí, se Deus não ajuda, só resta o bom senso do ceticismo e psicanálise.
Por: Fabrício Alves.
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domingo, 30 de outubro de 2011
sábado, 29 de outubro de 2011
sexta-feira, 28 de outubro de 2011
^ + ! + . = ?
Depois de anos de adoração, Jesus Cristo e toda sua família foram deserdados por um partido brasileiro. Muitos sabem que para ser um bom político é necessário, além de grande desvio de caráter, quer dizer, de verba, ser perito em matemáticas filosóficas, matemáticas anedóticas e outras matemáticas divinas… E foi assim que o Partido da Santa Copulação (PSC), percebeu que sem copulação não há família. Pois é, o sexo e a sacanagem falam mais alto que alianças afetivas, contrastando com a grande fama cristã que o partido tem. Então, transforma-se o amor em apenas mais uma das matemáticas que, adicionado às boas doses de açúcar, rezas e sexo sem camisinha, abre passagem para uma verdadeira formação familiar brasileira.
De acordo com professores altamente capacitados, formados por universidades cristãs, opa, falei altamente capacitados? Voltemos ao assunto… De acordo com tais professores, a matemática mais adequada para seguirmos com nossas vidas sem o perigo de gostarmos ou aceitarmos elementos duvidosos em nossas famílias, porque somos incompetentes para escolhermos nossos laços e certamente já está na hora de uma cartilha, é a seguinte continha:
Homem + Mulher + Amor = Família.
Na verdade, até hoje, apenas letras isoladas tinham a capacidade de participar de fórmulas matemáticas, vide X e Y, entre outras que variam, mas o dicionário, sentindo-se excluído em uma sociedade que lê cada vez menos, percebeu que em contrapartida da falta de cultura, se gastava muito mais com preocupações capitalistas e os números e contas eram aqueles que faziam parte do dia do cidadão brasileiro. Desta forma, algumas palavras resolveram saltar e foram parar em tais fórmulas, afinal, se as letras não podem vencer a matemática, pelo menos juntaram-se à elas.
Mas, tal continha simpática, no início, traz um pequeno problema: seu resultado não é matemático, mas um resultado em forma de palavra, o que deixa espaço para especulações sobre a veracidade do acerto ou, até mesmo, se a fórmula está bem construída… Logicamente, tendo em base tudo que já sabemos sobre os avanços sexuais, poderíamos afirmar que o resultado da estranha fórmula não é Família, mas Hermafrodita, afinal, Homem + Mulher, se misturássemos em um tubo de ensaio, como podemos comprovar em outras misturas de fórmulas, daria realmente um ser com estes dois aspectos. Neste caso, a palavra Amor está lá como um mimo, algo para cativar, é como uma receita de bolo, você mistura uma coisa, mais outra, acrescenta amor, e sai uma comida deliciosa. Assim, ao misturar o sexo masculino com um feminino, sairia um hermafrodita igualmente amoroso.
Este texto tem apenas o intuito de ajudar alunos despreparados que possam encontrar tal fórmula, que vem camuflada como pegadinha, nas diversas provas: ENEM, Vestibulares e Concursos Públicos.
Como sabemos, tal fórmula não foi construída para obter um resultado tão matemático quanto o que propus, foi construída para obter um resultado filosófico, e sabemos que uma filosofia deve divagar sobre aquilo que não se sabe, mas quando sabemos, a filosofia precisa se adequar a ela ou mostrar um resultado que mostre que sempre estivemos errados, o que não é o caso. Tal fórmula é realmente antiga no inconsciente do ser humano, porque sabemos que o Amor não quer dizer nada na constituição familiar. Podemos tanto amar quanto odiar nossos mais queridos chegados. Seria mais coerente dizer que “Homem + Mulher + Amor & ódio = Família”, sim, seria quase certo afirmar isso… O problema é que as famílias são muito mais que uma fórmula matemática. Há quem seja adotado e não conheça seus pais biológicos, e como um dos artifícios em defesa da família é essa bandeira desenfreada pelo sexo sem camisinha (algo que não considero nada cristão) chamado procriação, filhos adotivos estariam abandonados. Pais solteiros, mães solteiras, viúvos, crianças que são criadas pelos avôs, casais do mesmo sexo, gente independente rodeada de amigos, sejam reais ou virtuais, até mesmo um ermitão no topo da montanha mais alta que contenta-se com gelo ou árvore, dependendo do clima, que certamente considera o meio ambiente sua família. Marujos que vivem no mar com seus companheiros de trabalho. Solitários com seus animais de estimação ou plantas… Vizinhos que ainda confraternizam, até de forma exagerada, mas que não deixam de ser algum tipo doido de família. Acho que limitar a família apenas ao fator “Homem + Mulher”, além de demonstrar certa burrice matemática, algo que nem uma calculadora saberia fazer, acaba por desbancar uma das figuras históricas mais seguidas de todos os tempos: Jesus Cristo.
Pois é, todos sabemos que aquela santa mulher tinha engravidado do espírito-santo e, também, que espírito-santo nem sexo tem, que uma eterna virgindade de Maria só poderia significar ou que José não dava no couro, ou que o amor (mais categoricamente o sexo) não tinha aparecido na fórmula, logo, não são família. Vejam o exemplo:
Espirito-Santo + Maria + José = Jesus.
Primeiro que nesta equação temos uma mulher que não perde sua virgindade, o que é estranho, mas tudo bem, finjamos que alguém fez uma cesariana… Maria não fez um doce amor nem com o Espirito-Santo, nem com José e muito menos com Deus (seria heresia)… José no máximo assiste ao Ménage à Trois entre Maria + Espirito + Santo porque já sabemos que não botou um milimetro de seu membro naquela confusão. Por último e menos importante a sexualidade do Espírito-Santo não pode ser tida nem como Homem e nem como Mulher. Todos estão eliminados da equação, temos então a seguinte fórmula numérica:
0 + 0 + 0 = Jesus.
Caso ainda insistam em usar palavras para tais matemáticas, uma ideia boa seria:
Coisa + Algo + Isso ou Não = Família ou Não
Foi neste grande impasse que, se alguém ainda deseja uma fórmula para dizer o que é ou não família, acho que o melhor seria tirarmos as palavras, que mostraram-se inúteis como números, e cotarmos a possibilidade de pontuações que ainda não foram testadas:
^ + ! + . = ?
Espero que tenham gostado da aula e lembrem-se: Se tal fórmula cair em qualquer prova, prefiram NDA ou TDA
Texto de Fabricio Alves
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De acordo com professores altamente capacitados, formados por universidades cristãs, opa, falei altamente capacitados? Voltemos ao assunto… De acordo com tais professores, a matemática mais adequada para seguirmos com nossas vidas sem o perigo de gostarmos ou aceitarmos elementos duvidosos em nossas famílias, porque somos incompetentes para escolhermos nossos laços e certamente já está na hora de uma cartilha, é a seguinte continha:
Homem + Mulher + Amor = Família.
Na verdade, até hoje, apenas letras isoladas tinham a capacidade de participar de fórmulas matemáticas, vide X e Y, entre outras que variam, mas o dicionário, sentindo-se excluído em uma sociedade que lê cada vez menos, percebeu que em contrapartida da falta de cultura, se gastava muito mais com preocupações capitalistas e os números e contas eram aqueles que faziam parte do dia do cidadão brasileiro. Desta forma, algumas palavras resolveram saltar e foram parar em tais fórmulas, afinal, se as letras não podem vencer a matemática, pelo menos juntaram-se à elas.
Mas, tal continha simpática, no início, traz um pequeno problema: seu resultado não é matemático, mas um resultado em forma de palavra, o que deixa espaço para especulações sobre a veracidade do acerto ou, até mesmo, se a fórmula está bem construída… Logicamente, tendo em base tudo que já sabemos sobre os avanços sexuais, poderíamos afirmar que o resultado da estranha fórmula não é Família, mas Hermafrodita, afinal, Homem + Mulher, se misturássemos em um tubo de ensaio, como podemos comprovar em outras misturas de fórmulas, daria realmente um ser com estes dois aspectos. Neste caso, a palavra Amor está lá como um mimo, algo para cativar, é como uma receita de bolo, você mistura uma coisa, mais outra, acrescenta amor, e sai uma comida deliciosa. Assim, ao misturar o sexo masculino com um feminino, sairia um hermafrodita igualmente amoroso.
Este texto tem apenas o intuito de ajudar alunos despreparados que possam encontrar tal fórmula, que vem camuflada como pegadinha, nas diversas provas: ENEM, Vestibulares e Concursos Públicos.
Como sabemos, tal fórmula não foi construída para obter um resultado tão matemático quanto o que propus, foi construída para obter um resultado filosófico, e sabemos que uma filosofia deve divagar sobre aquilo que não se sabe, mas quando sabemos, a filosofia precisa se adequar a ela ou mostrar um resultado que mostre que sempre estivemos errados, o que não é o caso. Tal fórmula é realmente antiga no inconsciente do ser humano, porque sabemos que o Amor não quer dizer nada na constituição familiar. Podemos tanto amar quanto odiar nossos mais queridos chegados. Seria mais coerente dizer que “Homem + Mulher + Amor & ódio = Família”, sim, seria quase certo afirmar isso… O problema é que as famílias são muito mais que uma fórmula matemática. Há quem seja adotado e não conheça seus pais biológicos, e como um dos artifícios em defesa da família é essa bandeira desenfreada pelo sexo sem camisinha (algo que não considero nada cristão) chamado procriação, filhos adotivos estariam abandonados. Pais solteiros, mães solteiras, viúvos, crianças que são criadas pelos avôs, casais do mesmo sexo, gente independente rodeada de amigos, sejam reais ou virtuais, até mesmo um ermitão no topo da montanha mais alta que contenta-se com gelo ou árvore, dependendo do clima, que certamente considera o meio ambiente sua família. Marujos que vivem no mar com seus companheiros de trabalho. Solitários com seus animais de estimação ou plantas… Vizinhos que ainda confraternizam, até de forma exagerada, mas que não deixam de ser algum tipo doido de família. Acho que limitar a família apenas ao fator “Homem + Mulher”, além de demonstrar certa burrice matemática, algo que nem uma calculadora saberia fazer, acaba por desbancar uma das figuras históricas mais seguidas de todos os tempos: Jesus Cristo.
Pois é, todos sabemos que aquela santa mulher tinha engravidado do espírito-santo e, também, que espírito-santo nem sexo tem, que uma eterna virgindade de Maria só poderia significar ou que José não dava no couro, ou que o amor (mais categoricamente o sexo) não tinha aparecido na fórmula, logo, não são família. Vejam o exemplo:
Espirito-Santo + Maria + José = Jesus.
Primeiro que nesta equação temos uma mulher que não perde sua virgindade, o que é estranho, mas tudo bem, finjamos que alguém fez uma cesariana… Maria não fez um doce amor nem com o Espirito-Santo, nem com José e muito menos com Deus (seria heresia)… José no máximo assiste ao Ménage à Trois entre Maria + Espirito + Santo porque já sabemos que não botou um milimetro de seu membro naquela confusão. Por último e menos importante a sexualidade do Espírito-Santo não pode ser tida nem como Homem e nem como Mulher. Todos estão eliminados da equação, temos então a seguinte fórmula numérica:
0 + 0 + 0 = Jesus.
Caso ainda insistam em usar palavras para tais matemáticas, uma ideia boa seria:
Coisa + Algo + Isso ou Não = Família ou Não
Foi neste grande impasse que, se alguém ainda deseja uma fórmula para dizer o que é ou não família, acho que o melhor seria tirarmos as palavras, que mostraram-se inúteis como números, e cotarmos a possibilidade de pontuações que ainda não foram testadas:
^ + ! + . = ?
Espero que tenham gostado da aula e lembrem-se: Se tal fórmula cair em qualquer prova, prefiram NDA ou TDA
Texto de Fabricio Alves
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quinta-feira, 27 de outubro de 2011
Não sou humilde. Já vou dizendo para que nenhum leitor tente deduzir o que o texto não mostra (como sempre aparece). Mas vamos ao conceito do nosso querido Aurélio, o homem de todas as palavras, sobre o que é humildade: “Ausência completa de orgulho. Rebaixamento voluntário por um sentimento de fraqueza ou respeito: praticar a humildade.” Mas o conceito que acho mais interessante para o nosso texto de hoje é o que está na enciclopédia digital Wikipédia (aquela que os estudantes usam para fazer seus trabalhos escolares), confiram: “Refere-se à qualidade daqueles que não tentam se projetar sobre as outras pessoas, nem mostrar ser superior a elas.
A Humildade é a virtude que dá o sentimento exato da nossa modéstia, cordialidade, respeito, simplicidade, honestidade e passividade.” O mais legal é ver que já tem leitores concordando com a acepção de que humildade é quase que um sinônimo de respeito. Não é. A Wikipédia (não desprestigiem essa fonte de “pesquisa”, porque ela é melhor do que a Barsa) diz que ser humilde é ser passivo. Não acredito que gostemos de ser passivos. Por exemplo: alguém emite uma opinião que você considere estúpida, e você diz o quanto é babaca a ideia exposta, e a pessoa que falou besteira se sente ofendido e o chama de prepotente, que não sabe respeitar. Mas para bancar o humilde, o que é o certo a fazer é não entrar em conflito e simplesmente se calar, ser passivo. Devemos ficar calado para não ferir o ego do outro, porque o outro é sensível demais para suportar uma opinião contrária à sua. Que tipo de mundo é esse?
Outro problema muito grave que as pessoas que não são humildes enfrentam é a ignorância da maioria. Dentro de uma conversa de amigos, se você puxa um assunto mais rebuscado, pronto você já está bancando o boçal-sabe-tudo que quer ser melhor do que todo mundo. Existe hoje uma sensibilidade muito aguçada nas pessoas, elas querem que tudo seja da forma como elas acham que deve ser, e o que se mostra adverso a essa vontade recebe sempre rótulos pejorativos. Diga para alguém que ela está errada e que o que ela está falando é besteira, você vai ver uma reação quase que violenta da pessoa “ofendida”. A regra agora é ser ignorante, ser legal hoje é ser burro. Quem mostra um pouquinho do que sabe é boçal. É uma ditadura. Ninguém pode falar nada, que é o prepotente egocêntrico que acha que saber tudo. As coisas funcionam assim: a pessoa que passa anos estudando, lendo, se dedicando para alcançar um desenvolvimento intelectual acima da média, tem que “descer” para ficar no nível de outra pessoa que não lê, não se aprofunda em nada para que essa segunda pessoa não se sinta ofendida com a inteligência alheia. Para que outro não seja ofendido temos que nos calar e só dizer o que ela quer ouvir, só falar as coisas de sempre e reproduzir uma opinião banal. Se você for do contrário, é prepotente e insuportável, uma pessoa intragável para se conviver. Claro que todo ponto de vista deve ser respeitado. Sou muito a favor do que o filósofo francês Voltaire disse: “Posso não concordar com nada do que dizes, mas defenderei até a morte teu direito de dizê-lo”. Devemos ser tolerantes com opiniões distintas das nossas, o que não devemos ser é passivo e não contradizer e discordar com aquilo que não concordamos. Não devemos ser infantis e achar que um conflito de ideias é um conflito pessoal. Não devemos personalizar uma discussão. Onde duas ideias estão brigando, as pessoas não se metem.
Você, amigo leitor desse rapaz que acha que saber alguma coisa, não fique baixando a cabeça para ninguém, não fique calado diante de uma idiotice, discorde, discuta, entre em conflito (ideológico, que se esclareça, por favor). Não fique bancando o humilde, gentil, apenas para não machucar um ego sensível demais. Temos que aprender que não é sendo educadamente fingidos que vamos ser de fato humildes. Humildade não é se humilhar, não é baixar a cabeça. Não esqueça a frase machadiana: “Crê em ti, mas nem sempre duvides da capacidade dos outros”. Isso que é humildade, não desacreditar na pontecialidade dos outros.
Texto: Ricardo Silva
Veja mais: http://sociedaderacionalista.org
A Humildade é a virtude que dá o sentimento exato da nossa modéstia, cordialidade, respeito, simplicidade, honestidade e passividade.” O mais legal é ver que já tem leitores concordando com a acepção de que humildade é quase que um sinônimo de respeito. Não é. A Wikipédia (não desprestigiem essa fonte de “pesquisa”, porque ela é melhor do que a Barsa) diz que ser humilde é ser passivo. Não acredito que gostemos de ser passivos. Por exemplo: alguém emite uma opinião que você considere estúpida, e você diz o quanto é babaca a ideia exposta, e a pessoa que falou besteira se sente ofendido e o chama de prepotente, que não sabe respeitar. Mas para bancar o humilde, o que é o certo a fazer é não entrar em conflito e simplesmente se calar, ser passivo. Devemos ficar calado para não ferir o ego do outro, porque o outro é sensível demais para suportar uma opinião contrária à sua. Que tipo de mundo é esse?
Outro problema muito grave que as pessoas que não são humildes enfrentam é a ignorância da maioria. Dentro de uma conversa de amigos, se você puxa um assunto mais rebuscado, pronto você já está bancando o boçal-sabe-tudo que quer ser melhor do que todo mundo. Existe hoje uma sensibilidade muito aguçada nas pessoas, elas querem que tudo seja da forma como elas acham que deve ser, e o que se mostra adverso a essa vontade recebe sempre rótulos pejorativos. Diga para alguém que ela está errada e que o que ela está falando é besteira, você vai ver uma reação quase que violenta da pessoa “ofendida”. A regra agora é ser ignorante, ser legal hoje é ser burro. Quem mostra um pouquinho do que sabe é boçal. É uma ditadura. Ninguém pode falar nada, que é o prepotente egocêntrico que acha que saber tudo. As coisas funcionam assim: a pessoa que passa anos estudando, lendo, se dedicando para alcançar um desenvolvimento intelectual acima da média, tem que “descer” para ficar no nível de outra pessoa que não lê, não se aprofunda em nada para que essa segunda pessoa não se sinta ofendida com a inteligência alheia. Para que outro não seja ofendido temos que nos calar e só dizer o que ela quer ouvir, só falar as coisas de sempre e reproduzir uma opinião banal. Se você for do contrário, é prepotente e insuportável, uma pessoa intragável para se conviver. Claro que todo ponto de vista deve ser respeitado. Sou muito a favor do que o filósofo francês Voltaire disse: “Posso não concordar com nada do que dizes, mas defenderei até a morte teu direito de dizê-lo”. Devemos ser tolerantes com opiniões distintas das nossas, o que não devemos ser é passivo e não contradizer e discordar com aquilo que não concordamos. Não devemos ser infantis e achar que um conflito de ideias é um conflito pessoal. Não devemos personalizar uma discussão. Onde duas ideias estão brigando, as pessoas não se metem.
Você, amigo leitor desse rapaz que acha que saber alguma coisa, não fique baixando a cabeça para ninguém, não fique calado diante de uma idiotice, discorde, discuta, entre em conflito (ideológico, que se esclareça, por favor). Não fique bancando o humilde, gentil, apenas para não machucar um ego sensível demais. Temos que aprender que não é sendo educadamente fingidos que vamos ser de fato humildes. Humildade não é se humilhar, não é baixar a cabeça. Não esqueça a frase machadiana: “Crê em ti, mas nem sempre duvides da capacidade dos outros”. Isso que é humildade, não desacreditar na pontecialidade dos outros.
Texto: Ricardo Silva
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quarta-feira, 26 de outubro de 2011
JESUS & ELVIS – CAPÍTULO I: O MÁRTIR
As coisas estavam um tanto acaloradas em Marte. Lá dentro, onde ninguém poderia supor vida, Jesus andava de braços cruzados e indignado:
- Ainda não consigo crer no que me transformaram lá na Terra. Estive lá há anos e só agora vocês me avisam que virei um mártir! Isso não está certo… Não mesmo!
Elvis não era de prestar muito atenção nas palavras de Jesus; por diversas vezes entraram em discussões ideológicas e sempre acabavam nos jornais. Elvis, sempre educado, defendia o direito dos seres humanos levarem suas vidas privados de saber que não estavam sozinhos no Universo; Jesus, aquele traquina, era rebelde e queria porque queria invadir a Planeta Terra, não só para falar que estava vivo, mas para ocupar aquela área e fazer de todos seus escravos.
- Olha, não vou discutir por isso. Temos preocupações absurdas pra resolvermos e com certeza saber que você é um mártir não mudará em nada nossa vida aqui. Escute! Temos uma boa casa, a melhor coisa que nos aconteceu foi sermos abduzidos. Agora, este é nosso povo.
Jesus ainda mantinha uma certa careta no rosto, balançou a cabeça em negativa, tentou fingir que não se preocupava mais com Marte, até perceber o que tinha que fazer:
- Então temos que desfazer este engano, ao menos para não viverem de ilusão… Imagine quantas coisas eles fazem levando meu nome! Isso não está certo, não está mesmo…
- Jesus, somos de partidos diferentes: você governa Marte de Baixo e eu Marte de Cima, levamos séculos até nos considerarem Marcianos legítimos, muita gente precisou morrer. Lembra? Pois é, então esqueça os humanos, eles estão condenados mesmo. Lembra das estatísticas para aquele meteoro? Pois é, daqui alguns dias ele estará se chocando com a Terra e tudo virará pó… E se Deus quiser, até tua lembrança será apagada.
Elvis que andara malhando, recuperara há muito o físico de quando jovem famoso na Terra, tinha um aspecto de senhor maduro, bom partido; abandonara o topete e só mantinha seu requebrado para nunca se esquecer de quem fora. Era homem centrado, pensava antes de fazer. O que já não acontecia com Jesus.
Tudo começara quando Jesus, caído em sua cama de colchão de fungos vermelhos, recebeu uma correspondência cantada do grupo “No Ouvido”. Abriu as persiana, debruçou-se na janela. À sua frente, haviam 3 Marcianos baixos e gordos, um misto de chilenos com índios, cantando:
“Oh Querido Jesus… Louvemos teu nome, aqui és nosso Prefeito, mas na Terra já és mártir”
Não deu outra: bateu a janela na cara dos Marcianos e jogou-se pensativo na cama. Só depois de meia hora viu que devia ter esperado para escutar quem mandara tal mensagem. O que era aquilo? Lembrava tão pouco de sua vida insignificante na Terra que nem ao menos parara para pensar no que sua imagem tinha virado. Trouxe pequenas memórias à cabeça, via claramente a multidão indo embora e ele pregado naquela cruz horrível. Depois relembrou a sensação de estar morto, nenhum vestígio de inteligencia, ausência total de pensamentos até, finalmente, sentir o corpo sendo eletrocutado e se ver deitado dentro de uma caverna. Em sua frente, estavam dois homens grandes e vermelhos, ou melhor: extremamente corados. Soubera depois que eram marcianos. Aqueles marcianos o tiraram de lá e o levaram ao espaço.
Jesus voltou de seu flashback dentro do flashback e se viu ao lado de Elvis. Baixou a cabeça e resmungou:
- Fui morto, é isso! Antes da tecnologia alienígena me reviver, eu estava morto! Tenho que acabar com aquela palhaçada de mártir, tenho que voltar pra Terra antes que o meteoro a destrua.
Cont…
Fabricio Martines Alves
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terça-feira, 25 de outubro de 2011
FILME + LIVRO: FAHRENHEIT 451 – RAY BRADBURY (PARTE I)
Imaginem um mundo sem livros. Um mundo onde os seres humanos precisam apenas trabalhar e se divertir. Pois é, esta Distopia prenunciada em “Fahrenheit 451” de Ray Bradbury não parece nada diferente daquilo que vivemos nos dias de hoje.
“Fahrenheit451” fala de um futuro desconhecido, onde ler se tornou crime, a mídia e o esporte são estimulados para que não exista tempo livre para reflexão e leitura, o pensar não é bem vindo. Homens e mulheres não refletem sobre a história, apenas guardam suas datas de acontecimentos, muitas, adulteradas, e são especialistas em números, em trabalhos imediatos, apertar botões e serem felizes. Para muitos, pode não parecer grande coisa, mas, nesta Distopia, o prazer é palavra de ordem. Fica até estranho ir contra este mundo, porque todos querem ser felizes, mas Ray Bradbury, com muita maestria consegue separar felicidade de realidade.
Em um mundo de prazer obrigatório, existe uma consequência, os seres humanos não pensam e não se lembram; o verdadeiro aprendizado só é possível através da reflexão e da busca pelo conhecimento que, inevitavelmente, só é possível através do registro de ideias e da história, guardados em livros. Decorar ou aprender a calcular quantias enormes não é nada, diante da capacidade de raciocinar, reter informações, fazer ligações, compreender, saber o mundo e conhecê-lo.
O que levaria o mundo à esta distopia? A humanidade se levou à isso, não existiu uma grande mente diabólica arquitetando um ataque. A humanidade se tornou preguiçosa e sem paciência para com as minorias. Quando um escritor, destes, que conhecemos tão bem, escrevia sobre o que acontecia, mesmo que em forma de ficção, eis que um grupo não gostava daquilo que lia. Então, negros se sentiam ofendidos pelos escritores brancos, brancos se sentiam incomodados pelas causas dos negros, homossexuais pelos héteros e vice-versa… Pensemos sobre nossas opiniões, sempre há um livro que não gostamos, que nos incomoda. Agora, imagine um mundo que não queira ninguém incomodado, logo, todos os livros são banidos. Mas há o problema da preguiça, em um mundo que pede que você seja feliz e se divirta, o pensamento crítico é desestimulado, ninguém tem mais tempo para pensar; ou estão trabalhando por trabalhar, ou estão se divertindo, ou estão trabalhando para se divertirem, até que, aos poucos, os livros são transformados em pequenos resumos, depois são transformados em filmes, programas de rádio, e o ser humano não precisa mais gastar seu tempo e inteligência diante do papel, a atenção começa a se dispersar, depois os programas são reduzidos para resumos… E os resumos de papel são transformados em verbetes em dicionários sobre livros. Para que qualquer um saiba que existiram tais obras, e aos poucos, para não se preocuparem mais com lembretes, verbetes e resumos, os livros são finalmente eliminados. Qualquer um que for visto com um livro em mãos será preso ou assassinado, os livros devem ser queimados. Gente que lê é gente que pensa, gente que pensa é gente que reflete, gente que reflete é gente inconformada, e ninguém quer gente infeliz zanzando por aí ou tentando mudar o mundo, mudanças são cansativas e só trazem infelicidade.
Que coisa linda. Então, aí está a maneira de acabar com a infelicidade. Qual a consequência? Seres humanos apáticos, sem sentimento, robotizados. Uma sociedade que não questiona seus superiores, fáceis de manipular; uma vida é tirada, ninguém se importa, contanto que a rotina não seja quebrada.
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Fabricio Martines Alves
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