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terça-feira, 11 de outubro de 2011

O mito da crucificação



Na tarde do último domingo morreu o historiólogo Arthur Vander Back de forma misteriosa. Há tempos vinha perseguindo uma importante pista sobre a existência ou não de uma das personalidades mais importantes de todos os tempos: Jesus Cristo.

Tudo começou quando recebeu pelo correio (que não estava em greve) vários cadernos envelhecidos. Após muitas pesquisas e datações das mais loucas, comprovou-se pelo método Diárius Envelhecidus que aqueles artefatos eram nada mais, nada menos que da época de Jesus Cristo. Com tal descoberta, foi caçado pelos capangas pedófilos do Papa e precisou se esconder durante várias semanas em porões de ateus que simpatizavam com sua causa. Criando forte burburinho, até memso entre os ateus que não gostavam da prova da existência de Jesus Cristo, conseguiu fugir para os alpes suíços, onde passou difíceis dias sendo criado por bodes e cabras.

Arthur levava sempre uma bolsa consigo, mas embora tivesse com a prova da existência divina em suas mãos, percebeu, após muitas leituras, que Jesus não fora homem mágico e milagroso, pelo contrário, fora um trabalhador da vida fácil.

Abandonando seu verdadeiro nome, Pedro Silva, escolheu Jesus Cristo por pura indução da cafetina sua mãe. Maria era dona de um importante bordel, até aquele momento não sabia direito quem era o pai de Jesus, mas tentava levar uma vida digna com o senhorio do estabelecimento, José.

De acordo com anotações encontradas nos diários, tudo escrito em aramaico romano no passado do presente, descobre-se que, apesar de ser um dos garotos mais requisitados da Casa de Maria, ou como era conhecida para driblar a justiça local, Santa Casa, Jesus era requisitado mais por sua disposição para realizar fetiches bizarros do que transas comuns.

Era sabido que a palavra Comer, do latim Ingerir, não era usado para refeições, mas para descrever o ato do coito entre criaturas do sexo oposto; querendo abrir horizonte para novas experiências, almejando sempre um aumento de clientela, Jesus criou o bordão que até hoje não sai da boca do povo, “Coma o corpo de cristo”, após tal frase, juntamente com sua inserção e divulgação nas mídias locais, tais como lombo de camelos, estrelas guias e outros bichos temáticos, Maria viu seu negócio expandir.

Todos só queriam comer o corpo de Cristo, sempre que o faziam, acabavam por finalizar com uma amostra brinde do jorro divino, seu esperma branco e reluzente, então o boca-a-boca foi profundo e logo percebiam que, uma vez que entravam em Cristo de maneira abrupta, causavam certa dor e por vezes sangramento, ficou sabido que aquele garoto de programa trazia uma refeição completa, era o corpo e o sangue de cristo, sendo o corpo realmente o corpo, e o sangue uma metáfora entre sangue e porra. Até hoje há quem procure pelo corpo e pelo sangue em seus templos especializados, mas não com a mesma intensidade dos tempos de outrora.

A Santa Casa tinha um ótimo bordão, “Comam o corpo e o sangue de Cristo”, não tinha como dar errado, até que em um ataque de estrelismo, Jesus decidiu que lançaria finalmente o logotipo da empresa. Sentou-se com José na mesa de reuniões e passaram semanas discutindo, quando finalmente teve a ideia. Seria o chamariz ideal, não haveriam mais concorrentes, uma cruz foi lapidada e Jesus a arrastou até o local escolhido, tinha que carregá-la nas costas porque fazia parte da tática de invadir o inconsciente alheio: Um pau batendo nas costas. Nada mais sugestivo.

Finalmente aconteceu a crucificação, o maior golpe publicitário de todos os tempos, Jesus, semi-nu, braços abertos, enquanto uma fila de devotos ganhavam uma amostra brinde, podendo bater para ele uma boa punheta, ou pagando um belo boquete, todos ajoelhados, lançando mais este símbolo para os anais: Ajoelhar-se.

Tudo isso fazia a seriedade dos serviços. Como todos sabemos, ele não morreu ali, estava vivo dias depois… Só distorceram um pouco a história.

Estou divulgando esta notícia porque antes de Arthur Vander Back ser assassinado pelo Vaticano, tais diários chegaram até mim, acho que a verdade sempre merece vir à tona, e humildemente dou minha contribuição à história.

Texto: Fabrício Alves
Veja mais em: http://sociedaderacionalista.org

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