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sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Viemos do pó e ao pó voltaremos



Olá amigos! Estou fazendo esta postagem pois constumo compartilhar entre meus amigos, algumas idéias pessoais que fui reunindo durante a vida. Quero compartilhar com vocês também que são meus amigos virtuais, o que pra mim não faz diferença se são físicos ou virtuais pois o conceito de amizade é o mesmo. Acabei de chegar de uma triste cerimônia de cremação. Triste para a família pois para o morto, já acabou mesmo. Mas lá, eu procurava entender o sentido real de nossa vida. Se a gente morre e bum...acabou tudo, qual a graça de viver então? Por que estudar, filosofar? Se estressar? E toda essa bagagem de vida que a gente vai adquirindo com o passar dos anos? A hora que a gente mais está pronto para a vida pois somos muito mais experientes, chega a tal da morte e nos leva embora. Qual a graça disso?
A maioria das pessoas prefere se iludir com imagens fantasiosas de vida pós morte. Talvez isso traga um alento para elas. Mas e pra quem não acredita nessa fantasia utilizada pelos humanos talvez por covardia de não querer encarar a vida, de fato como ela é? Puxa vida...pergunta difícil.
Se vocês tiveram a oportunidade de ouvir a narração ou ler o texto "A Morte - Schopenhauer e Raul Seixas" do meu amigo Fabrício Alves (que está nos podcasts desse blog), talvez sinta-se um pouco mais aliviado, como eu fiquei na primeira vez que li. Lá ele trata um pouco da metafísica da morte, utilizando conceitos filosóficos de Schopenhauer. Explica por exemplo que a morte ocorre apenas a da nossa consciência de vida. Nosso corpo continuará vivo, tendo suas moléculas a necessidade de voltar ao pó de onde se originou e este pó, por sua vez, fará formar outras formas de vida. Assim é a vida e assim é o universo em que a gente vive.
Mas como estava dizendo, qual a graça de viver e acumular experiências se iremos morrer e isso tudo vai escorrer para o ralo?
Bom, a graça de viver para mim, é o fato de tentar o máximo possível estar bem comigo mesmo e com as pessoas que me rodeiam. Sei que somos humanos e com variações de hormônios e às vezes bate aquele mau humor. Mas ninguém tem culpa disso. Então sabem o que eu faço quando estou mal humorado? Eu sorrio! Lei da ação e reação. Quando vejo, esse mal humor já passou. Mas e quando estou muito bravo ou triste, o que eu faço? Aí, quando a situação é mais grave, eu paro, pego meu violão e toco uma ou duas músicas. Logo passa, mas se não passar, pelo menos eu não agredi ninguém porque estava nervoso. A palavra é igual flecha, depois de lançada, não dá pra pegar de volta e onde ela acertar, pode ferir mortalmente.
O principal é você estar bem, pelo menos com as pessoas que você gosta pois quando elas abandonarem suas consciências humanas e voltarem ao pó, você apenas poderá chorar de saudade pois não verá mais a forma material dessa pessoa. Aproveite cada minuto com a pessoa querida pois todo o tempo que se perde com discussões e caras feias, são nulos, não trazem nada de bom.
Pode parecer difícil mas as pessoas que me conhecem, sabem que sou assim.
Sabe aquela velha e surrada frase "carpe diem"? Apesar de parecer um clichê, esta é a minha filosofia de vida desde que me conheço por gente. Aproveite seu dia da melhor forma possível.
Na hora de nossa morte ou da morte de quem a gente ama de verdade, vamos nos arrepender de cada momento que deixamos de sorrir e preferimos criar caso com alguém.
No meu vídeo "Eu ví um gnomo", falei muito brevemente de algumas situações que vivi. Algumas discussões em família, onde 100% delas não trouxeram proveito nenhum pra ninguém. Recentemente, tive minha mãe internada em uma UTI de hospital, onde os médicos nos preparavam para o pior. Apesar de nunca ter dado motivo para qualquer tipo de discussão pois modéstia à parte, sempre fui um bom filho, exatamente naquele momento eu percebi que cada segundo perdido em uma discussão me faria muita falta. Ao invés de bater a porta e sair nervoso, deveria ter interrompido a discussão com um beijo na face de minha mãe, que traria um resultado melhor. Mas como minha mãe é uma guerreira, venceu esta dificuldade e hoje estamos juntos e muito felizes. Foi mais uma grande lição em minha vida. Quando você perde uma pessoa amada, você daria tudo para ter pelo menos mais um segundo do lado dela só pra dizer que a ama. Então é melhor valorizar cada segundo ao lado de quem você ama pois um dia esta mísera fração de tempo irá lhe fazer falta. Por isso acho que não é certo por exemplo, as religiões separarem as pessoas. Quantos pessoas eu conheço que os pais quebravam o maior pau só porque o filho não queria seguir a religião ou porque o filho contrariou algum princípio da religião como por exemplo a mulher depilar as pernas ou cortar o cabelo.
Enfim, pra encurtar a história que já tá muito extensa. Você sabe então, o que me faz ver sentido nessa vida, mesmo sabendo que quando morremos, nossa consciência se esvai e não vamos viver no céu, no meio de anjos?
O que me dá razão pra viver, é curtir com um sorriso no rosto, cada segundo dessa vida, valorizando cada instante do lado de quem amo, pois um segundo perdido numa discussão, lhe fará muita falta algum dia.
Portando, quando você estiver brigando com uma pessoa que você ama verdadeiramente, ao invés de xingar, pare, respire e dê um beijo nela pois um dia você vai ver que valeu a pena!

Texto:
Rodrigo - Pensamento Cético

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